![HATSHEPSUT](https://www.blogger.com/editor/static_files/hatshepsut2.jpg)
Poucas mulheres tiveram a oportunidade de governar o Egito. Maneton, o historiador que escreveu no século III a.C., afirmou que em algum momento da II dinastia (c. 2770 a 2649 a.C.) ficou decidido que uma mulher poderia governar aquele país. Isso deve ter causado certa dificuldade de aceitação por parte dos egípcios. Eles estavam acostumados ao conceito de opostos: luz e sombra, bem e mal, ordem e caos, macho e fêmea. Se uma rainha é casada, presume-se que seu marido é o rei. Mas se ela não é casada, onde está o componente masculino, ou seja, o oposto sem o qual nada pode existir? Além dos casos bem conhecidos pelos arqueólogos de Hatshepsut (c. 1473 a 1458 a.C.), vista na foto ao lado, e de Cleópatra VII (51 a 30 a.C.), acredita-se que outras mulheres possam ter governado o país, mas as informações nesses casos são poucas e as dúvidas se realmente reinaram ou não, muitas.
Já na I dinastia (c. 2920 a 2770 a.C.) suspeita-se que possa ter havido
No decorrer da XVIII dinastia (c. 1550 a 1307 a.C.), uma vez que o herdeiro de Tutmósis II (c. 1492 a 1479 a.C.), Tutmósis III, era muito jovem para reinar sozinho, a grande esposa real, Hatshepsut, tornou-se sua regente. Gradualmente ela foi ampliando seus poderes régios até que, finalmente, se declarou soberana oficial do Egito na qualidade de um Hórus Feminino. A datação do reinado de Tutmósis III, que vai de cerca de 1479 a 1425 a.C., abrange inclusive o período em que reinou Hatshepsut (c. 1473 a 1458 a.C.). O que ocorreu foi que, de repente, em determinado momento, por volta do sétimo ano do reinado do faraó, os nobres que apoiavam a rainha conseguiram proclamá-la "faraó" e ela assumiu toda a titulatura e a iconografia reais, o que incluía até uma falsa barba. Ela subiu ao trono e se paramentou com os atributos masculinos da realeza, mas nunca negou que Tutmósis também fosse rei. Apesar de tal reconhecimento, seu sobrinho e enteado foi mantido num papel secundário, assumindo a função de co-regente, mas exercendo apenas nominalmente o poder, vivendo numa obscuridade quase total, ignorado e insultado por Hatshepsut e seus partidários, até a morte dela, por volta do 21.º ano do reinado dele. Hatshepsut ordenou campanhas militares e uma histórica viagem ao país de Punt, mas seu nome desaparece de repente da história e, aparentemente, Tutmósis III ordenou a destruição das suas imagens e as menções ao seu reinado.A afirmativa de que Nefertiti reinou depois da morte de seu marido,
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