INFERNO, CONHEÇA SUA VERDADEIRA ORIGEM.
O domínio através da energia de estagnação chamada “medo”. O grande temor das religiões, hoje não passa de ponto turístico.
No grego, a palavra “inferno” é traduzida como “Geena”, uma transliteração (escrever uma palavra de acordo com o som dela em outra língua) do hebraico “Ge Hinom” – Vale do Hinom.
Esse vale, fora das muralhas da antiga Jerusalém, a sudoeste, teve uma triste história por muito tempo. Os antigos canaanitas, antes de conquistados pelos judeus, ofereciam ao falso deus Moloque sacrifícios humanos, por muitas vezes queimados. Após os filhos de Israel tomarem o lugar, devido ao histórico idólatra do lugar, ele passou a ser um imenso depósito de lixo, equivalente aos “lixões” de hoje. Mas não se tratava de um aterro sanitário, como já era comum naqueles dias em algumas paragens. Tudo o que era jogado ali era queimado – levado para fora da cidade pelo Portão do Esterco, também muito apropriadamente chamado Portão das Cinzas (na foto abaixo, como era na década de 1940).
A quantidade de lixo não era pouca. O fogo, portanto, era praticamente inesgotável. Mesmo quando a porção superior se molhava ou era coberta pela neve, as camadas inferiores ainda ardiam em brasas por muito tempo, com o fogo aumentando novamente nas estações secas.
Mas a má fama do local não se devia somente a lixo e outros dejetos (fezes, por exemplo). Era o destino de partes de corpos humanos amputadas por doenças ou acidentalmente (por isso a analogia de Mateus 5:29 – “Se o seu olho direito o fizer pecar, arranque-o e lance-o fora. É melhor perder uma parte do seu corpo do que ser todo ele lançado no inferno”). Ali também eram cremados, junto ao lixo e lentamente, os corpos de indigentes e de criminosos. Ter o corpo jogado no Hinom era sinônimo de grande humilhação.
Muitas vezes, os corpos eram jogados fora do alcance do fogo, e apodreciam a céu aberto, deixando aparentes os vermes que os devoravam.
“E sairão, e verão os cadáveres dos homens que prevaricaram contra mim; porque o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará; e serão um horror a toda a carne.” – Isaías 66:24
É bastante compreensível que o Hinom tenha se tornado um lugar amaldiçoado pelos antigos judeus, símbolo de asco, desprezo e desgraça – ao invés de um enterro decente e limpo, criminosos, indigentes e prevaricadores eram jogados no “lugar em que o fogo nunca se apaga” – daí a ligação tão comum das chamas com o inferno.
Mas a analogia não acaba aí. Com o intuito de manter as chamas sempre fortes e a queima dos detritos e corpos ser mais eficaz, constantemente era jogado enxofre no lixão. Daí outra figura comum ao Inferno, ilustrado em palavras na Bíblia como o “lago que arde com fogo e enxofre” eternamente (Apocalipse).
O máximo em humilhação – até mesmo depois da morte – para os que não seguiam os preceitos de Deus na antiga Jerusalém foi um modo eficaz de advertir judeus e cristãos, no Antigo e no Novo Testamento, sobre o verdadeiro inferno, o destino de quem escolher ser indigno.
Hoje, o Hinom está completamente limpo e o Portão do Esterco é um inofensivo ponto turístico. A tecnologia atual permite um fim mais nobre para o lixo (reciclagem do que é recuperável e incineradores não poluentes para lixo hospitalar) em Jerusalém. Bem perto dali, em galerias subterrâneas, em 1989, foram encontrados vários túmulos datados da época do Templo de Salomão.
No grego, a palavra “inferno” é traduzida como “Geena”, uma transliteração (escrever uma palavra de acordo com o som dela em outra língua) do hebraico “Ge Hinom” – Vale do Hinom.
Esse vale, fora das muralhas da antiga Jerusalém, a sudoeste, teve uma triste história por muito tempo. Os antigos canaanitas, antes de conquistados pelos judeus, ofereciam ao falso deus Moloque sacrifícios humanos, por muitas vezes queimados. Após os filhos de Israel tomarem o lugar, devido ao histórico idólatra do lugar, ele passou a ser um imenso depósito de lixo, equivalente aos “lixões” de hoje. Mas não se tratava de um aterro sanitário, como já era comum naqueles dias em algumas paragens. Tudo o que era jogado ali era queimado – levado para fora da cidade pelo Portão do Esterco, também muito apropriadamente chamado Portão das Cinzas (na foto abaixo, como era na década de 1940).
A quantidade de lixo não era pouca. O fogo, portanto, era praticamente inesgotável. Mesmo quando a porção superior se molhava ou era coberta pela neve, as camadas inferiores ainda ardiam em brasas por muito tempo, com o fogo aumentando novamente nas estações secas.
Mas a má fama do local não se devia somente a lixo e outros dejetos (fezes, por exemplo). Era o destino de partes de corpos humanos amputadas por doenças ou acidentalmente (por isso a analogia de Mateus 5:29 – “Se o seu olho direito o fizer pecar, arranque-o e lance-o fora. É melhor perder uma parte do seu corpo do que ser todo ele lançado no inferno”). Ali também eram cremados, junto ao lixo e lentamente, os corpos de indigentes e de criminosos. Ter o corpo jogado no Hinom era sinônimo de grande humilhação.
Muitas vezes, os corpos eram jogados fora do alcance do fogo, e apodreciam a céu aberto, deixando aparentes os vermes que os devoravam.
“E sairão, e verão os cadáveres dos homens que prevaricaram contra mim; porque o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará; e serão um horror a toda a carne.” – Isaías 66:24
É bastante compreensível que o Hinom tenha se tornado um lugar amaldiçoado pelos antigos judeus, símbolo de asco, desprezo e desgraça – ao invés de um enterro decente e limpo, criminosos, indigentes e prevaricadores eram jogados no “lugar em que o fogo nunca se apaga” – daí a ligação tão comum das chamas com o inferno.
Mas a analogia não acaba aí. Com o intuito de manter as chamas sempre fortes e a queima dos detritos e corpos ser mais eficaz, constantemente era jogado enxofre no lixão. Daí outra figura comum ao Inferno, ilustrado em palavras na Bíblia como o “lago que arde com fogo e enxofre” eternamente (Apocalipse).
O máximo em humilhação – até mesmo depois da morte – para os que não seguiam os preceitos de Deus na antiga Jerusalém foi um modo eficaz de advertir judeus e cristãos, no Antigo e no Novo Testamento, sobre o verdadeiro inferno, o destino de quem escolher ser indigno.
Hoje, o Hinom está completamente limpo e o Portão do Esterco é um inofensivo ponto turístico. A tecnologia atual permite um fim mais nobre para o lixo (reciclagem do que é recuperável e incineradores não poluentes para lixo hospitalar) em Jerusalém. Bem perto dali, em galerias subterrâneas, em 1989, foram encontrados vários túmulos datados da época do Templo de Salomão.