Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou.

quarta-feira, 27 de maio de 2015



O MISTÉRIO DAS PIRÂMIDES

 2012


INDICE GERAL

  1. O mistério das Pirâmides
  2. A civilização Egípcia
  3. A arte como expressão religiosa do Antigo Egipto
  4. A doutrina do Verbo Solar
  5. Cronologia Egípcia
  6. O reino antigo de Mênfis e o culto do Sol
  7. A história egípcia de Mâneton
  8. As XXX Dinastias faraónicas
  9. Menes, o primeiro rei das dinastias pós-diluvianas
  10. O alfabeto hieroglífico
  11. Os quatro modos de escrita
  12. Os nomes teóforos dos soberanos
  13. O nome Menes
  14. Menes e a primeira Dinastia
  15. O repetidor de nascimentos
  16. Os grandes cataclismos e as Eras históricas
  17. A Civilização de Atlântida e as dinastias divinas de Mâneton
  18. A cronologia curta
  19. O calendário civil vago e o calendário sótico
  20. A cronologia curta e a construção das pirâmides
  21. As Dinastias de Mâneton
  22. A construção das pirâmides
  23. Etimologia de pirâmide
  24. O simbolismo geométrico da pirâmide
  25. Módulo 11/7 e a Pirâmide ideal
  26. A cronologia aceite e a construção das pirâmides
  27. Achados de civilizações pré-históricas
  28. Os números egípcios
  29. A génese dos números
  30. Os grandes números da natureza
  31. Elementos sintéticos de simbolismo numérico egípcio
  32. A ideia do túmulo
  33. A entrada monumental
  34. As pirâmides da V Dinastia
  35. A “construção” da Grande Pirâmide segundo Heródoto
  36. As dimensões das grandes pirâmides
  37. Simbolismo das quatro faces da pirâmide
  38. O ano sideral
  39. O ano platónico
  40. O relógio das Eras
  41. A escala musical diatónica foi uma invenção dos Egípcios
  42. O calendário de Gizé
  43. Imhotep e o complexo de Saqqara
  44. A Esfinge de Gizé
  45. A sacralidade do número 7
  46. A descoberta das cartelas na Grande Pirâmide
  47. O rei Scifo, Suphis e Quéops
  48. O Livro Sagrado de Quéops
  49. O nome Kh-u-f-u
  50. Cefeu
  51. O templo de Ísis
  52. A “Estela do Inventario”
  53. Conclusão

  • O MISTÉRIO DAS PIRÂMIDES

    A. Benassai O MISTÉRIO DAS PIRÂMIDES
    As pirâmides sempre intrigaram as mentes mais inquietas e sedentas de mistério; até hoje atraem a atenção de muitos turistas quetodos os anos vão àquele ensolarado pais para ver de perto estas maravilhas e quem sabe, talvez descobrir também algum novo segredo. Estas resumem e representam aos olhos de todos a chave preciosa do misterioso Egipto
  • A CONSTRUÇÃO DAS PIRÂMIDES

    A. Benassai O MISTÉRIO DAS PIRÂMIDES
    É opinião dos arqueólogos que as pirâmides foram construídas entre o fim da pré-história e a primeira idade do metal trabalhado. Naquela época os egípcios não sabiam trabalhar o metal, não dispunham ainda da roda e os seus conhecimentos científicos não podiam ser mais do que rudimentares. O antigo Reino não deixou achados arqueológicos que permitam especular sobre um uso difundido de ferramentas de arame. Deverão passar ainda 2000 anos antes que os instrumentos de ferro de pequenas dimensões se tornem de uso comum. Se excluirmos as pirâmides, as poucas informações a disposição até hoje não permitem demonstrar que durante o Antigo Reinoos egípcios possuíssem uma cultura matemática e científica de relevo, mas é necessário considerar que o património das ciências e das artes não era acessível ao povo, mas foi secretamente guardado pelos sacerdotes-cientistas nos seus templos. As noções de matemática e geometria encontradas em poucos papiros em época sucessiva são fragmentos de um conhecimento ainda mais completo. Não se pode portanto avaliar pelos achados de uso comum o grão de conhecimento de quem guiava e organizava o povo; os verdadeiros achados, que podem permitir uma avaliação científica adequada, são mesmo as Grandes Pirâmides, cuja existência não se pode discutir. 
  • ETIMOLOGIA DE PIRÂMIDE


    A. Benassai O MISTÉRIO DAS PIRÂMIDES
    Do termo pirâmide foram feitas diferentes tentativas de interpretação etimológica. Alguns dizem que deriva do grego pyrós que significa trigo, por causa de uma falsa crença que as pirâmides fossem os “celeiros de José” citados na Bíblia. Esta convicção pode ter sido suportada por uma assonância com a palavra egípcia pr (pyr) “casa” e mi “pão” que formaria a palavra pyr(â)mi(de), “casa do pão”.
  • O SIMBOLISMO GEOMÉTRICO DA PIRÂMIDE

    A. Benassai O MISTÉRIO DAS PIRÂMIDES
    O fogo vinha representado pelo triângulo com o vértice virado para cima, vice-versa a água pelo triângulo com o vértice virado para baixo, enquanto o quadrado simbolizava a terra delimitada pelos quatro horizontes situados nos quatro pontos cardinais. O círculo com o ponto no centro é o símbolo de Rá.
     
    O ponto no centroidentifica o vértice da pirâmide e o raio perpendicular à base representa a altura. Do vértice brotam outros quatro raios que vão constituir sobre o plano terrestre os quatro vértices do quadrado que forma a base da pirâmide.
     
    Os quatro lados do quadradorepresentam os quatro elementos constitutivos do mundo, os quatro horizontes que o limitam e o ciclo sazonal que o Sol percorre para a manifestação da vida na terra.
     
    Os quatro triângulos, as quatro faces da pirâmide, são os quatro aspetos que o Sol assume durante as quatro estações ou durante as quatro Eras da Humanidade, e as quatro potências divinas do soberano: a potência militar para conquistar as terras e expandir o reino, a força da justiça para ordenar e equilibrar o império, a força de trabalho para construir e a potência religiosa para realizar o reino na terra e no céu.
  • A CRONOLOGIA ACEITE E A CONSTRUÇÃO DAS PIRÂMIDES

    A. Benassai O MISTÉRIO DAS PIRÂMIDES
    Se concentrarmos a construção de todas as maiores pirâmides nos primeiros anos da IV Dinastia, a civilização egípcia teria chegado, recém-nascida, a um tal fulgor não mais igualado nos milhares de anos seguintes. Conseguiram obter e trabalhar muito mais blocos de granito (cerca de 10 milhões de metros cúbicos de volumes arquitetónicos) em poucas dezenas de anos que em toda a duração da civilização egípcia. Foram talhados da rocha outros 13 milhões de blocos de pedra, desbastados, alisados e postos em obra com um ritmo na prática insustentável, sem depois considerar as obras de escavação, de nivelamento do território, construção das estradas, dos templos e da dupla vedação que circundava o complexo de cada pirâmide, depois o transporte dos materiais, assistência aos operários etc… aquele que nos deixa verdadeiramente perplexos, se fosse verdade, é a decisão que o rei Seneferu tomou: de ir construir a Pirâmide Vermelha e a de Dupla Inclinação a 50 kms de distância de Gizé mesmo no deserto, um lugar hostil à vida, sem água, debaixo das tempestades de areia, com a grande dificuldade de transportar para o local milhões de blocos de pedra, sem ter nem uma estrada, quando tinha à sua disposição o deserto planalto de Gizé.
  • TEOTIHUACAN

    A. Benassai O MISTÉRIO DAS PIRÂMIDES
    Vale a pena estudar em síntese as pirâmides aztecas porque têm algumas analogias com as pirâmides do Egipto. Também estes grandes edifícios foram concebidos segundo um cálculo matemático preciso que eu chamei de “módulo” em função do simbolismo dos números sagrados.
    O nome Teotihuacán  que foi dado à cidade dos aztecas seculos depois da sua queda é traduzido como “ O lugar onde os homens se tornam deuses”. A cidade está situada no México na cidade de San Juan Teotihuacan a cerca de 40 kms nordeste da Cidade do México. No total as ruinas cobrem uma área de cerca de 83 kms quadrados.
  • A MEDIDA DO CÚBITO AZTECO

    A. Benassai O MISTÉRIO DAS PIRÂMIDES
    O arqueólogo japonês Saburo Sugiyamadescobriu que os arquitetos da antiga cidade de Teotihuacánbaseavam os seus desenhos numa medida equivalente a 83 centímetros. O pesquisador disse que, efetuando cálculos baseados nas medidas das pirâmides de Teotihuacán conseguiu determinar “a presença constante desta medida de 83 centímetros. A trave do teto mede 1,66 metros de comprimento, que corresponde a duas vezes a unidade. A mesma coisa se verifica com a distância entre as cabeças de serpente, que é quatro vezes a unidade, e com o comprimento da escada, que é de 13,2 metros, ou seja 16 vezes a unidade”.O mesmo metro de medida foi usado nas dimensões das pirâmides do Sol e da Lua, assim como na Cidadela.
  • A ORIENTAÇÃO ARQUITETONICA

    A. Benassai O MISTÉRIO DAS PIRÂMIDES
     Na antiga cidade de Teotihuacàn foram erguidas uma série de pirâmides até agora de origem incerta. Todavia os arqueólogos datam convencionalmente o sítio a 500 a.C.
  • ORIGEM DE TEOTIHUACÁN

    A. Benassai O MISTÉRIO DAS PIRÂMIDES
    Ninguém conhece qual foi o antigo nome da maior cidade da Américapré-hispânica. Quando os aztecas a encontraram estava já abandonada e em ruinas há milhares de anos. Foram eles a chamá-la Teotihuacán, “a cidade dos deuses” ou “o lugar onde os homens se tornam deuses”. Embora se pense que a maior parte dos edifícios remontam aos primórdios da era cristã, entre o I século a.C. e o II século d.C., falta uma qualquer referência aos originais construtores e habitantes da cidade.
  • A LENDA DO REI DIVINO FUNDADOR DE TULA

    A. Benassai O MISTÉRIO DAS PIRÂMIDES
    Já a partir do I milénio a.C. no México eram narradas lendas sobre Quetzalcoatl (a Serpente Plúmea) mas foi em Tula que o deus se tornou humano e foi reconhecido como rei-sacerdote. A antiga cidade de Tula prosperou diversos milénios a.C. antes de ser elevada a cidade-estado como Tenochtitlan. Os documentos encontrados pelos arqueólogos descrevem Tula como uma cidade rica em templos, grandes edifícios e pirâmides de grandes degraus.
  • Teotihuacán: uma grande capital neoatlântica

    A. Benassai O MISTÉRIO DAS PIRÂMIDES
    Em Teotihuacánencontramos todos os traços característicos de uma grande capital neoatlântica, evidentemente construída sobre as ruinas de um templo bem mais antigo.
    As três Grandes Pirâmides são de facto mais antigas do que qualquer outro edifício da cidade, precedem a fundação da própria cidade. É evidente como as pirâmides de Teotihuacán são diferentes de qualquer outra estrutura análoga que se encontra no continente americano, não só pelas dimensões verdadeiramente excecionais, mas também e sobretudo porque se trata das únicas verdadeiras pirâmides existentes na América, sendo as outras mais similares a Zigguratou colinas com terraços. Em Teotihuacán pelo contrário, encontram-se os mesmos lados lisos das pirâmides egípcias, e nenhum rasto dos templos no cimo, que devia portanto terminar num pyramidion infelizmente perdido já em tempos remotos.
    São evidentes todavia as notáveis diferenças na técnica construtiva. Nenhuma das pirâmides de Teotihuacán foi construída em pedra talhável, mas em grandes seixos de basalto, intercalados por nervuras em tijolos da melhor qualidade. A técnica construtiva previa amplas paredes radiais de limitação, cujo interior era enchido com material incoerente e de pior qualidade. As fachadas exteriores eram a única porção realizada em pedra talhável calcária, com uma espessura de cerca de seis metros. Deste revestimento, removido já em tempos antigos, permanecem hoje somente rastos e poucos fragmentos esculpidos, muitos dos quais no Museu da Cidade do México. Sobre este revestimento em pedra eram depois colocadas folhas finas de mica dourada, que isolavam o edifício e o faziam brilhar à luz do Sol e da Lua.
    A pirâmide do Sol apresenta um longo túnel que passa por baixo até ao centro geométrico da pirâmide. O túnel é atualmente inacessível por causa do risco de colapso, e foi reforçado em vários pontos com contrafortes de betão armadoque tornam difícil a reconstrução do seu aspeto original. O túnel conduz a uma caverna natural, posta exatamente por baixo do centro da pirâmide, constituída por quatro câmaras mais pequenas de forma semicircular, onde foram descobertas outras folhas de mica e uma quantidade de espelhos mais pequenos.
    As três pirâmides apresentam orientações astronómicas complexasem respeito ao levantamento das Plêiades, aos solstícios e aos equinócios, embora muitas destas correlações possam hoje só ser dificilmente encontradas por causa dos restauros destrutivos do início de novecentos.
    Em Teotihuacán contam-se depois mais de uma centena de pirâmides menores, todas dispostas simetricamente nos lados da “Avenida dos Mortos”.
    A “Avenida dos Mortos”, com um comprimento de mais de quatro kms e com uma largura de sessenta metros, foi assim chamada porque os aztecas e depois destes os espanhóis, acreditavam, enganados, que as dezenas de pirâmides aos seus lados fossem os túmulos dos antigos senhores da cidade, e foi isso que favoreceu a espoliação e a pilhagem sistemática. As escavações mais recentes revelaram como não se tratasse de facto de uma avenida, mas sim de uma imensa estrada de água. Ainda hoje são bem visíveis em muitos pontos os antigos sistemas de comportas e tanques sobrepostos, que se inclinam conforme se vai chegando à cidadela, situada na extremidade oposta da avenida em relação à pirâmide da Lua.
    Devemos portanto imaginar uma cidade com pirâmides cobertas de folhas douradas que se refletiam na água de gigantescos tanques e canais, tudo disposto segundo uma planta rigidamente matemática e geométrica. Vista do alto da pirâmide da Lua toda a cidade aparece planificada segundo um único projeto unitário. Podemos só ter uma pálida ideia das grandiosas cerimónias que aí aconteciam. Nos lados da avenida de água e na grande praça da Lua poderiam ter sido acolhidas imensas multidões, só a cidadela podia acolher na sua praça pelo menos cem mil pessoas. As decorações que restaram, que parecem bem posteriores à construção das pirâmides e à fundação do sítio, são de uma riqueza que não há igual em toda a América pré-colombiana. Motivos com estrelas e ainda outrosgeométricos sugerem-nos grandes cabeças de serpentes e figuras mitológicas.
    A vista talvez mais grandiosa é oferecida pelo palácio de Quetzalcoatl, o palácio das borboletas. É evidente pelo tipo de decoração que se trata de um palácio neoatlântico, embora muitas vezes reconstruido. As colunas são decoradas com génios alados, símbolos de sabedoria, em tudo análogos àqueles que se encontram sobre palácios babilónicos, enquanto nas antefixas em pedra aparecem as estrelas com quatro pontas. O motivo mais recorrente e típico é representado por uma série de olhos com pupilas de obsidiana a simbolizar toda sabedoria que vê. Foi em particular contra este palácio que se deveria ter desencadeado a fúria da guerra, e é por causa desta que temos um grau de conservação quase milagroso. As colunas foram de facto abatidas no quintal central e o palácio inteiro recoberto de terra deliberadamente, quase a querer cancelar todos os rastos, mas na realidade preservando-o e contra as suas intenções da açãodo tempo.
  • A ENTRADA MONUMENTAL

    A. Benassai O MISTÉRIO DAS PIRÂMIDES
    Os construtores da Grande Pirâmide, com a realização da chamada “Entrada Monumental” demonstraram mais uma vez uma competência técnica e arquitetónica mesmo notável que pode vir só de uma longa experiencia. Também é necessário concluir, dado o esforço considerável para a construir, que a realização desta “entrada monumental” devia ter uma importância primária para os construtores e estar em harmonia com a função da própria pirâmide. 
  • PIRÂMIDES DA V DINASTIA

    A. Benassai O MISTÉRIO DAS PIRÂMIDES
    As pirâmides da V Dinastia(Sahuré, Niuserré e Neferirkaré), na localidade de Abu Sir, foram construídas com o núcleo em socalcos utilizando blocos de calcário local, portanto mais similares à Pirâmide de Huni do que à de Quéops. O revestimento exterior foi realizado em pedra branca de Tura assim como o revestimento da sala funerária, ao contrário das Grandes Pirâmides que foram revestidas com granito. Só duzentos anos depois de Seneferu, foi construída a Pirâmide de Unas, último rei da V Dinastia; as suas dimensões em respeito àquelas de Gizé são muito modestas, tem de facto um lado base de 47m e uma altura de 43m. Também aqui no interior, ao contrário das Grandes Pirâmides, foram encontradas inscrições em hieroglífico. Os sucessores do rei Unas fizeram até mesmo estofar as paredes internas das suas pirâmides com imagens rituais e textos hieroglíficos, os famosos “textos das pirâmides”. Um estilo e uma mentalidade que não tem nada a ver com a dos construtores das Grandes Pirâmides.
    Os arquitectos das pirâmides da V e VI Dinastia, apesar de terem todo o conhecimento técnico e a experiência dos antecessores, em vez de progredir ainda mais, como seria lógico esperar, foram bem longe em igualar os seus antecessores, utilizando técnicas inferiores à dos próprios antepassados. A estrutura das pirâmides de Gizé é muito diferente das outras, os blocos de pedra utilizados pesam até 220 toneladas (Templo de Quéfren e Miquerinos), os blocos de granito pesam mais de 30 toneladas, uma pedra valiosa e duríssima para cortar escavada em Assan foi transportada por mais de 800 kms. As linhas de conjunção entre os blocos de revestimento não superam o meio milímetro, é também utilizado o basalto.
    A Pirâmide de Quéops foi construída colocando 2.600.000 blocos de 1m3de média cada um para um peso aproximativo de 6.500.000 toneladas sobre as fundações cuidadosamente preparadas. Dos milhões de blocos utilizados para os complexos funerários de Quéops, Quéfrene Miquerinos, a maior parte deles parece vir das pedreiras locais situadas nas margens do planalto em cuja base se escavavam túmulos já na I Dinastia. Às construções da pirâmide temos de acrescentar todo o trabalho para construir o Templo do Vale, a Via Sagrada, a dupla vedação e as três “pequenas” pirâmides, galerias e tudo o mais o que lhes diz respeito.
    As pirâmides de Gizé distinguem-se claramente de todas as outras por uma técnica arquitectónica muito mais avançada. Esta diferença confirma a hipótese de uma evolução que não pode ser atestada em pouco mais de um decénio, tempo que teria decorrido entre a construção da pirâmide de Meidum e a de Quéops.
    Os interiores da Pirâmide Vermelha e da Pirâmide com Dupla Inclinação, embora tivessem sido construídas quase ao mesmo tempo das de Gizé, foram encontradas em ruínas desde o tempo dos primeiros visitantes, enquanto os interiores da Pirâmide de Quéops conservaram-se perfeitamente até hoje.
    As pirâmides de Gizé parecem nada ter a ver com os resultados da experiência da III Dinastia nem têm continuidade na V.
    As fases da construção da Pirâmide de Quéops foram reconstruídas da melhor maneira possível. Em primeiro lugar a superfície de construção foi nivelada ate chegar à camada de rocha por baixo que foi alisada e regularizada, depois as fendas foram enchidas cuidadosamente com pedras perfeitamente cimentadas. Um amontoado de rocha de notáveis proporções foi cortado e oportunamente predisposto para nele serem apoiadas as paliçadas inferiores dos blocos de calcário. O nivelamento foi feito com tal perfeição que até hoje não apresenta nenhuma inclinação na base de apoio, salvo uma diferença observada no ângulo norte-oeste de apenas 2 cm. Na superfície nivelada foi predisposta uma camada de blocos de calcário local delimitado e reforçado ao longo de todo o perímetro por blocos de calcário branco de Tura. O maciço interior tem uma estrutura homogénea e não feita de invólucros envolvidoscomo na Pirâmide de Meidum.
    A Pirâmide de Quéops contava 210 paliçadas das quais sobraram 203. O perímetro da pirâmide é uma base quadrada quase perfeita de 440 cúbitos de lado. A altura original era de 280 cúbitos, a inclinação 51º43’ (=360º/7). Na fachada norte a cerca de 17 metros de altura abre-se a entrada monumental que antigamente não era visível porque estava coberta por placas de revestimento externo. A entrada é encimada por duas arquitraves sobrepostas, de grande espessura (cerca de 2 metros), e as mesmas encimadas por um gigantesco bloco triangular apoiado directamente nas paredes do maciço. Para aliviar o peso suportado pelas duas arquitraves foi construída uma abóbada feita por enormes pedras dispostas em asnas, protegidas por uma segunda fila de placas gigantescas.
  • A “CONSTRUÇÃO” DA GRANDE PIRÃMIDE SEGUNDO HERÓDOTO

    A. Benassai O MISTÉRIO DAS PIRÂMIDES
    Depois de ter descrito o trabalho de escavação, da estrada cerimonial de acesso, das câmaras subterrâneas, programado pessoalmente pelo Faraó e executado pelos seus operários, Heródoto relata (Histórias2,125):
  • A PIRÂMIDE DE MIQUERINOS

    A. Benassai O MISTÉRIO DAS PIRÂMIDES
    A pirâmide foi atribuída a Menkau-Rá, a prova seriam os pedaços de um sarcófago antropomorfo de madeira encontrados em 1837 por Howard Vysenum vão interno da pirâmide, sobre os quais uma inscrição mencionava o nome Menkau-Rá, o quarto rei da IV Dinastia das listas de Mâneton. Este achado demonstraria somente (se for verdade que continha a sua múmia), que o sarcófago do rei foi posto num vão da Pirâmide de Miquerinos, mas não demonstra que este rei não tenha sido o titular ou que a pirâmide tenha sido construída durante o seu reino, ou melhor seria mais plausível o contrário.
  • SIMBOLISMO DAS QUATRO FACES DA PIRÂMIDE

    A. Benassai O MISTÉRIO DAS PIRÂMIDES
    As quatro “faces” da pirâmidesimbolizaram com a sua precisa orientação as quatro forças ou potências universais emanadas em princípio por Atum-Rá. Do simbolismoabstracto passou-se no tempo ao simbolismo figuradoe as quatro “faces” da pirâmide assumiram uma forma alegórica tornando-se os quatro “aspectos” que o Sol parecia tomar no seu devir, ou seja ao completar o seu ciclo anual.
  • O REI SCIFO SUPHIS E QUÉOPS

    A. Benassai O MISTÉRIO DAS PIRÂMIDES
    O planalto de Dgizeh, uma planície triste e deserta, onde se agigantam as pirâmides, guarda inúmeros túmulos esculpidos de remotíssima antiguidade assim como os inumeráveis túmulos de Saqqara, que serviu de necrópoles em Mênfis. Das escavações feitas em Gizé, foram descobertas estelas fúnebres que têm o nome real de Scifo, Sciufo ou Ciufo. Num cartaz lê-se: “Rei puro, sacerdote Scifo”.Como este nome mostra uma analogia com o nome Suphis, o segundo rei da IV Dinastia citado por Mâneton, mas não presente na Lista de Abydos, tentou demostrar-se que os dois nome identificassem a mesma pessoa, mesmo que a semelhança etimológica em si não constitui prova alguma.
  • O LIVRO SAGRADO DE QUÉOPS

    A. Benassai O MISTÉRIO DAS PIRÂMIDES
    Quanto à história do “Livro Sagrado” que Suphis aliás Quéopstinha escrito, é uma lenda referida a uma tradição árabe que indica a construção da Grande Pirâmide a um rei antediluviano chamado Saurid ben Sahluh. Ele recebeu em sonho o advertimento que em breve um grande cataclismo teria destruído uma boa parte do género humano; era portanto necessário salvar a Ciência que depois serviria a nova humanidade para construir uma nova civilização. Por esta razão Saurid, instruído pelos Deuses, erigiu a Grande Pirâmidepara guardar toda a ciência secreta. 
  • A “ESTELA DO INVENTARIO”

    A. Benassai O MISTÉRIO DAS PIRÂMIDES
    Nas proximidades do Templo de Ísisfoi encontrada em 1858 uma estela que sem querer minou definitivamente as bases da arqueologia egípcia, tanto que obrigou alguns arqueólogos a declarar (sem nenhuma prova) que se trata de uma falsificação feita de propósito para desacreditar a opinião dos Egiptólogos que todas as Grandes Pirâmides e a própria Esfingesão construções remontadas à IV Dinastia.


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