Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Essa história apareceu pela primeira vez em 1967, através do historiador Raphael Patai, e depois a teoria ganhou ainda mais destaque na pesquisa da professora sênior do departamento de Teologia e Religião da Universidade de Exeter, Francesca Stavrakopoulou.

Segundo os especialistas, são várias as evidências: inscrições misteriosas, pequenas estatuetas de cerâmica, e até trechos da própria Bíblia. Tudo indica que a deusa seria a companheira do deus judaico cristão Javé/ Jeová.

Menções bíblicas da ‘esposa de deus’

Ela é mencionada pelo menos 40 vezes na bíblia hebraica, e inclusive teria sua figura representada dentro do Templo de Jerusalém, o Templo de Javé. No Livro dos Reis, consta que uma estátua de Asherah foi colocada no templo e que as mulheres teceram vestimentas para ela em um ritual. Josias, rei de Judá (o reino israelita do sul), teria arrancado a estátua e todos os símbolos da deusa do templo e queimado, por volta do ano 620 a.C. Segundo os pesquisadores, ele teria feito isso por que achava que o culto à essa deusa era uma influência negativa, que competia com o culto ao verdadeiro deus dos israelitas.

Culto à Deusa Ashera

O culto à Asherah também parece ter sido muito importante fora de Jerusalém, nos chamados “lugares altos”, onde árvores vivas eram cultuadas como símbolo da deusa.
Estátuas de Asherah, possivel esposa do deus bíblico
Estatuetas femininas dos antigos israelitas que representam traços maternais, seios fartos e ventres grávidos, valorizando os atributos femininos considerados divinos.
Isso acontecia em santuários ao ar livre, nos topos das montanhas, evidenciando uma profunda ligação com a natureza. Asherah seria uma forma de reverenciar a fertilidade feminina e o papel da mulher, com a árvore como símbolo disso tudo.

Evidências da deusa Asherah

Graças a arqueologia, vários dados surpreendentes vieram à tona: no sítio arqueológico de Kuntillet Ajrud, no Sinai egípcio, perto da fronteira com Israel, foi localizado um local que funcionava como ponto de parada de caravanas, onde havia até um templo.
Inscrições em hebraico representam deus e sua esposa, segundo alguns especialistas
Inscrição em hebraico datada de 800 a.C. no alto o pedido de benção de “Javé de Samaria e sua Asherah”. Casal abaixo do texto, poderia retratar deus e sua esposa, com cabeças de bovino, segundo alguns especialistas
Inscrições e desenhos em fragmentos de cerâmica revelaram frases pedindo a benção de “Javé de Teiman e sua Asherah”, o casal de deuses. Existe até um bizarro desenho de duas figuras humanoides com cabeças de bovinos, uma com traços mais masculinos e outra com traços mais femininos.

O outro lado da polêmica

Especialistas mais conservadores relutam em reconhecer a veracidade das novas teorias. Eles rebatem com algumas explicações: Os desenhos com cabeça de touro poderiam ser justificados porque esse animal representa força e poder no culto de Samaria. Quanto ao termo “sua Asherah”, isso pode se referir a um objeto, não a uma pessoa ou a uma deusa, já que a palavra “asherah”, além de ser o nome de uma deusa dos cananeus, também é uma palavra comum que designa um poste de madeira usado para cerimônias religiosas.
Bom, se você ficou na dúvida não tem problema, afinal os especialistas também estão, e até agora não chegaram a um acordo sobre a questão (e provavelmente não chegarão nunca…). Certeza mesmo, só a polêmica que esse assunto ainda vai causar.

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