Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Jerusalém: O Calvário

 

As cúpulas da basílica do Santo Sepulcro destacam-se sobre todos os edifícios da Cidade Velha. Foto:  Berthold Werner
As cúpulas da basílica do Santo Sepulcro destacam-se sobre todos os edifícios da Cidade Velha. Foto: Berthold Werner
Pegadas da nossa fé

A IX Estação da Via Dolorosa tinha-nos deixado muito perto do Calvário. Até esse momento, tínhamos acompanhado Jesus com a Cruz às costas por um itinerário que nos foi transmitido pela piedade secular do povo cristão. Agora encontramo-nos perante o lugar central da nossa fé, que poderíamos considerar o mais sagrado da Terra Santa: o sítio onde Jesus Cristo foi crucificado, morto e sepultado, e ao terceiro dia ressuscitou de entre os mortos (Símbolo dos Apóstolos
Os franciscanos da Custódia da Terra Santa fazem uma procissão nalguns dias da Quaresma.  Foto: Marie-Armelle Beaulieu/CTS.
Os franciscanos da Custódia da Terra Santa fazem uma procissão nalguns dias da Quaresma. Foto: Marie-Armelle Beaulieu/CTS.
Apenas umas dezenas de metros separam o Calvário do túmulo do Senhor. Toda a zona está dentro da basílica do Santo Sepulcro, também chamada da Ressurreição pelos cristãos orientais. Aos olhos dos peregrinos, apresenta-se com uma arquitetura singular, que pode até considerar-se desordenada ou caótica. No exterior, está formada por vários volumes sobrepostos e acrescentados, entre os quais se destaca um campanário truncado; sobre essa aglomeração de edificações e terraços, levantam-se duas cúpulas, uma maior do que a outra, que caracterizam o perfil de Jerusalém. O interior está configurado como um conjunto complexo de altares e capelas, grandes e pequenas, fechadas por paredes ou abertas, dispostas em diferentes níveis com comunicação através de escadas.

Esta aparência surpreendente mais não é do que o resultado da sua atribulada história: talvez nenhum outro lugar do mundo tenha passado por tantas edificações, demolições, reconstruções, incêndios, terramotos, restauros... A tudo isto há que acrescentar que a propriedade da basílica é partilhada entre a Igreja católica -representada pelos franciscanos, que guardam os Santos Lugares desde 1342 - e as Igrejas ortodoxas grega, arménia, copta, síria e etíope, que gozam de diferentes direitos.

O lugar da Caveira
Os Evangelhos transmitiram-nos que levaram Jesus e conduziram-nO ao lugar do Gólgota, que significa "lugar da Caveira" (Mc 15, 22. Cf. Mt 27, 33; Lc 23, 33; e Jo 19, 17). Lá O crucificaram e, com Ele, mais dois: um de cada lado e Jesus no meio (Jo 19, 18). Esse local estava perto da cidade (Jo 19, 20); portanto, fora do recinto das muralhas. No lugar onde Ele tinha sido crucificado havia um jardim e, no jardim, um túmulo novo, no qual ainda ninguém fora depositado (Jo 19, 41). Foi, pois, ali que, por causa da Preparação dos Judeus, depositaram Jesus (Jo 19, 42).

Investigações arqueológicas encontraram outros túmulos da mesma época nas proximidades do Calvário, a que se pode aceder a partir da basílica. Este dado confirma que então todas aquelas paragens se encontravam fora de Jerusalém, pois a lei judaica proibia os enterros dentro das suas muralhas. Alguns estudiosos também identificaram a zona como uma antiga pedreira abandonada, da qual o Gólgota seria o ponto mais alto: isto estaria de acordo com vários testemunhos primitivos, que descrevem um terreno rochoso com numerosos fragmentos de pedra. Em resumo, embora hoje o Santo Sepulcro ocupe praticamente o centro da Cidade Velha, devemos imaginar o lugar da crucifixão nos arredores, tendo em vista as muralhas e, sobre um penhasco que se elevava a vários metros do solo, um caminho transitado entre outros penedos mais pequenos, hortos cerrados com muros e sepulcros.

Perto do Calvário, um mosaico representa a descida de Cristo e a sua sepultura. Foto: Alfonso Puertas.
Perto do Calvário, um mosaico representa a descida de Cristo e a sua sepultura. Foto: Alfonso Puertas.
Os cristãos de Jerusalém conservaram a memória do local, de forma que não se perdeu, apesar das dificuldades. No ano 135, após ter sufocado a segunda revolta dos judeus contra Roma, o imperador Adriano ordenou que a cidade fosse arrasada e construiu uma nova em cima: a Aelia Capitolina. A área do Calvário e o Santo Sepulcro, incluída na nova superfície urbana, foi coberta com um aterro e foi ali levantado um templo pagão. S. Jerónimo relata, no ano 395, recolhendo uma tradição anterior: «desde os tempos de Adriano até ao império de Constantino, pelo espaço de uns cento e oitenta anos, no lugar da ressurreição prestava-se culto a uma estátua de Júpiter e, na rocha da cruz, a uma imagem de Vénus de mármore, posta ali pelos gentios. Os autores da perseguição pensavam, sem dúvida, que, se contaminassem os lugares sagrados por meio de ídolos, nos iam tirar a fé na ressurreição e na cruz» (S. Jerónimo, Ad Paulinum presbyterum, Ep. 58, 3).

A mesma construção que ocultou o Gólgota à veneração cristã contribuiu para a sua preservação até ao séc. IV. No ano 325, o bispo de Jerusalém Macário pediu e obteve autorização de Constantino para derrubar os templos pagãos levantados nos Santos Lugares. Sobre o Sepulcro de Jesus e o Calvário, uma vez postos a descoberto, projectou-se uma obra magnífica: «convém portanto – escreveu o Imperador a Macário - que a tua prudência disponha e preveja tudo o for necessário, de modo que não só se realize uma basílica melhor que qualquer outra, mas que também o resto seja tal que todos os monumentos mais belos de todas as cidades sejam superados por este edifício» (Eusébio de Cesareia, De vita Constantini, 3, 31).

Graças às fontes documentais e às escavações arqueológicas - realizadas sobretudo no séc. XX -, sabemos que o complexo tinha três partes, dispostas de oeste a este: um mausoléu circular com o túmulo no centro, chamado Anástasis – ressurreição -; um pátio quadrangular com pórticos em três dos seus quatro lados, a céu aberto, onde estava a rocha do Calvário; e uma basílica para celebrar a Eucaristia, com cinco naves e átrio, conhecida como Martyrion – testemunho -. A igreja foi dedicada no ano 336. Desse antigo esplendor constantiniano resta muito pouco: devastado pelos persas em 614 e restaurado pelo monge Modesto, o complexo sofreu terramotos e incêndios até que finalmente foi destruído em 1009 por ordem do sultão El-Hakim; a forma actual deve-se ao restauro do imperador bizantino Constantino Monómaco – no séc. XI -, à obra dos cruzados – no séc. XII - e a outras transformações posteriores.

Terminando a Via Dolorosa
Terminaremos o caminho da Via Dolorosa que deixámos em suspenso no artigo sobre a Via Sacra. Tínhamos começado, pela mão de S. Josemaria, com espirito contemplativo: na meditação, a Paixão de Cristo sai do quadro frio da história ou das considerações piedosas, para se nos apresentar diante dos olhos, terrível, angustiante, cruel, sangrenta... Cheia de Amor! (Sulco, 993).
X estação: despojam Jesus das Suas vestes

Logo ao entrar no Santo Sepulcro, à direita, duas escadas de pedra muito a pique conduzem às capelas do Gólgota, o lugar do suplício. Encontram-se a uns cinco metros de altura acima do nível da basílica. Uma vez em cima, os peregrinos costumam contemplar a X Estação.
A décima estação da Via Dolorosa costuma contemplar-se quando se começa a subir o Gólgota, uns metros antes da capela da Crucifixão, onde se encontra a décima primeira estação. Foto: Marie-Armelle Beaulieu/CTS
A décima estação da Via Dolorosa costuma contemplar-se quando se começa a subir o Gólgota, uns metros antes da capela da Crucifixão, onde se encontra a décima primeira estação. Foto: Marie-Armelle Beaulieu/CTS

Tendo o Senhor chegado ao Calvário, deram-lhe a beber um pouco de vinho misturado com fel, como um narcótico, que diminuía um pouco a dor da crucifixão. Porém Jesus, tendo-o provado para agradecer esse piedoso gesto, não quis beber (cf. Mt 27, 34). Entrega-se à morte com a plena liberdade do Amor.
Então, os soldados despojaram Jesus das suas vestes (...) e dividiram-nas em quatro partes. Mas a túnica era sem costura, pelo que dizem:

- Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela para ver a quem tocará (Jo 19, 24).
É o espólio, o despojo, a pobreza mais absoluta. Nada ficou ao Senhor a não ser um madeiro.
Para chegar a Deus, Cristo é o caminho; mas Cristo está na Cruz, e, para subir à Cruz, é preciso ter o coração livre, desprendido das coisas da terra.
Via Sacra, X Estação.

XI estação: Jesus é pregado na Cruz


Uns passos separam a X da XI Estação, assinalada com um altar. A cena da crucifixão está representada em cima, num mosaico. A capela pertence aos franciscanos da Custódia da Terra Santa.

Já pregaram Jesus ao madeiro. Os verdugos executaram desapiedadamente a sentença. O Senhor tudo deixou, com mansidão infinita.
Não era necessário tanto tormento (...).Mas quis sofrer tudo isso por ti e por mim. E nós, não vamos saber corresponder?
É muito possível que, nalguma altura, a sós com um crucifixo, te venham as lágrimas aos olhos. Não te domines... Mas procura que esse pranto acabe num propósito.
Via Sacra, XI Estação, ponto 1
XII estação: Jesus morre na Cruz

À esquerda da capela da Crucifixão, encontramos a capela do Calvário, propriedade da Igreja ortodoxa grega. Ergue-se sobre a rocha venerada, visível aos lados do altar através de um vidro. Debaixo, um disco de prata, aberto no centro, assinala o buraco onde foi erguida a Cruz.

No cimo da Cruz está escrita a causa da condenação: Jesus Nazareno, Rei dos Judeus (Jo 19, 19). E todos os que passam por ali, O injuriam e O escarnecem.
- Se é o rei de Israel, desça agora da cruz (Mt 27, 42).
À esquerda da capela da Crucifixão, encontra-se a capela do Calvário que corresponde à décima segunda estação.  Foto: Alfred Driessen.
À esquerda da capela da Crucifixão, encontra-se a capela do Calvário que corresponde à décima segunda estação. Foto: Alfred Driessen.
Um dos ladrões vem em sua defesa:
- Este não fez nenhum mal... (Lc 23, 41).
E depois dirige a Jesus uma petição humilde, cheia de fé:
- Senhor, lembra-Te de mim, quando entrares no teu reino (Lc 23, 42).
- Em verdade te digo que hoje mesmo estarás comigo no Paraíso (Lc 23, 43).
Junto à Cruz está a sua Mãe, Maria, com outras santas mulheres. Jesus olha-a, e olha depois para o discípulo que ama, e diz a sua Mãe:
- Mulher, eis o teu filho.
Depois, diz ao discípulo:
- Eis a tua mãe (Jo 19, 26-27).
Apaga-se a luminária do céu e a terra fica mergulhada em trevas. São cerca das três, quando Jesus exclama:
- Elí, Elí, lamma sabachtani?! Isto é: Meu Deus, Meu Deus, por que Me abandonaste (Mt 27, 46)?
Depois, sabendo que todas as coisas estão prestes a ser consumadas, para que se cumpram as Escrituras, diz:
- Tenho sede (Jo 19, 28).
Os soldados embebem uma esponja em vinagre e, atando-a a uma cana de hissope, aproximam-Lha da boca. Jesus sorve o vinagre e exclama:
- Tudo está consumado (Jo 19, 30).
O véu do templo rasga-se e a terra treme, quando o Senhor brada com voz forte:
- Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito (Lc 23, 46). E expira.

Ama o sacrifício que é fonte de vida interior. Ama a Cruz que é altar do sacrifício. Ama a dor até beber, como Cristo, as fezes do cálice.
Via Sacra, XII Estação

Por baixo do altar do Calvário, um círculo de prata indica o sítio onde se levantou a Cruz. Foto: Leobard Hinfelaar.
Por baixo do altar do Calvário, um círculo de prata indica o sítio onde se levantou a Cruz. Foto: Leobard Hinfelaar.
Na parte da rocha visível à direita, nota-se uma fenda atribuída ao terramoto que se produziu com a morte de Cristo: soltando de novo um alto brado, expirou. E eis que o véu do Templo se rasgou em duas partes, de alto a baixo e a terra tremeu e as rochas fenderam-se (Mt 27, 50-51). A fenda também se pode ver noutra capela imediatamente abaixo, dedicada a Adão. Segundo uma piedosa tradição, a que já Orígenes faz referência no séc. III, ali se encontraria o túmulo do primeiro homem; ao abrir-se a terra, o sangue do Senhor teria chegado até aos seus restos, convertendo-o no primeiro redimido. Na iconografia cristã, esta lenda inspirou o costume de pôr uma caveira aos pés da Cruz.

XIII estação: Jesus é descido da cruz e entregam-nO a Sua Mãe


Esta cena contempla-se entre a capela da Crucifixão e a do Calvário, num altar dedicado a Nossa Senhora das Dores.
Mergulhada na dor, Maria está junto da Cruz. E João, com Ela. Mas faz-se tarde, e os judeus insistem para que se tire o Senhor dali. Depois de ter obtido de Pilatos a licença que a lei romana exige para sepultar os condenados, chega ao Calvário um senador chamado José, varão bom e justo, oriundo de Arimateia. Ele não tinha concordado com a condenação nem com a execução; ao contrário, era dos que esperavam o reino de Deus (Lc 23, 50-51). Com ele vem também Nicodemos, o mesmo que anteriormente tinha ido de noite encontrar-se com Jesus, trazendo uma mistura de mirra e aloés, de quase cem libras (Jo 19, 39).
Não eram conhecidos, publicamente, como discípulos do Mestre; não se encontravam nos grandes milagres nem O acompanharam na Sua entrada triunfal, em Jerusalém. Agora, no momento mau, quando os outros fogem, não temem comprometer-se pelo seu Senhor.
Tomam os dois o corpo de Jesus e deixam-nO nos braços de Sua Santíssima Mãe.
Via Sacra, XIII Estação.

Meditemos no Senhor chagado dos pés à cabeça por amor de nós (...). À vista de Cristo feito um farrapo, transformado num corpo inerte descido da Cruz e confiado a sua Mãe, à vista desse Jesus destroçado, poder-se-ia concluir que esta cena é a exteriorização mais clara de uma derrota. Onde estão as massas que O seguiram e o Reino cuja vinda anunciava (…)?

Situados agora no Calvário, quando Jesus já morreu e não se manifestou ainda a glória do seu triunfo, temos uma boa ocasião para examinar os nossos desejos de vida cristã, de santidade para reagir com um acto de fé perante as nossas debilidades e, confiando no poder de Deus, fazer o propósito de pôr amor nas coisas do nosso dia-a-dia. A experiência do pecado tem de nos conduzir à dor, a uma decisão mais madura e mais profunda de sermos fiéis, de nos identificarmos deveras com Cristo, de perseverarmos, custe o que custar, nessa missão sacerdotal que Ele encomendou a todos os seus discípulos sem excepção, que nos impele a sermos sal e luz do mundo.
Cristo que passa, 95-96.

Esses desejos de fidelidade converter-se-ão em obras se recorrermos a Nossa Mãe, que - desde a embaixada do Anjo até à sua agonia ao pé da Cruz -, não teve outro coração nem outra vida que a de Jesus. Via Sacra,
XIII Estação, ponto 4

Diz: Minha Mãe (tua, porque és seu por muitos títulos), que o teu amor me prenda à Cruz do teu Filho; que não me falte a Fé, nem a valentia, nem a audácia, para cumprir a vontade do nosso Jesus. Caminho, 497


Descendo do Calvário e regressando ao átrio da basílica, encontramos a Pedra da Unção, que é muito venerada pelos cristãos ortodoxos. Trata-se de uma laje de pedra avermelhada com veios brancos, que recorda os cuidados que José de Arimateia e Nicodemos dedicaram ao corpo de Jesus.

XIV estação: Jesus é colocado no sepulcro
Eu subirei com eles ao pé da Cruz, apertar-me-ei ao Corpo frio, cadáver de Cristo, com o fogo do meu amor..., despregá-Lo-ei com os meus desagravos e mortificações..., envolvê-Lo-ei com o lençol novo da minha vida limpa e enterrá-Lo-ei no meu peito de rocha viva, donde ninguém mO poderá arrancar; e, aí, Senhor, descansai!

Mesmo que todos Vos abandonem e desprezem..., serviam! Servir-Vos-ei, Senhor.
Via Sacra, XIV Estação, ponto 1

Continuando para oeste, chega-se à Rotunda ou Anástasis, monumento circular fechado com uma cúpula, em cujo centro se levanta a capela com o túmulo do Senhor.

Num horto muito perto do Calvário, José de Arimateia tinha mandado lavrar, na rocha, um sepulcro novo. E, por ser a véspera da grande Páscoa dos judeus, põem Jesus ali. Depois, José rolou uma grande pedra, para diante da boca do sepulcro, e retirou-se (Mt 27, 60).
Ao entrar no Santo Sepulcro, o que o peregrino encontra em primeiro lugar é a Pedra da Unção.  Foto: Alfonso Puertas
Ao entrar no Santo Sepulcro, o que o peregrino encontra em primeiro lugar é a Pedra da Unção. Foto: Alfonso Puertas

Sem nada veio Jesus ao mundo e sem nada - nem sequer o lugar onde repousa - se nos foi.

A Mãe do Senhor - minha Mãe - e as mulheres que seguiram o Mestre desde a Galileia, depois de observar tudo atentamente, partem também. Cai a noite.

Agora consumou-se tudo. Cumpriu-se a obra da nossa Redenção. Já somos filhos de Deus, porque Jesus morreu por nós e a Sua morte resgatou-nos.

Empti enim estis pretio magno! (I Cor VI, 20), tu e eu fomos comprados por alto preço. Temos de fazer vida nossa a vida e a morte de Cristo. Morrer pela mortificação e a penitência, para que Cristo viva em nós pelo Amor. E seguir, então, as pisadas de Cristo, com ânsia de co-redimir todas as almas.

Dar a vida pelos outros. Só assim se vive a vida de Jesus e nos fazemos uma só coisa com Ele.
Via Sacra, XIV Estação

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