Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou.

sábado, 6 de junho de 2015

Entrar nas Grandes Pirâmides do Egito!


Visitar as Grandes Pirâmides é o clímax de uma viagem ao Egito. Não há turista (em sã consciência) que deixe de fazer isso. No entanto, nem todos os turistas vivem a fabulosa aventura de ENTRAR NAS GRANDES PIRÂMIDES — pelo menos em uma delas.
Em outro post, explicarei como é a visita em toda a região, incluindo a Esfinge. Falarei de preços, horários, alertas, etc. Agora, contarei como foi a minha experiência na Pirâmide de Quéfren.
Ticket de acesso
Eu estava em delírio. Não me canso de dizer que o Egito foi a viagem da minha vida. Eu não podia acreditar que estava ali.
Apesar do ânimo, logo a minha disposição física caiu um pouco, porque o calor era insuportável. Eu nunca me sinto à vontade em clima quente. No entanto, segui firme, disposto a enfrentar qualquer sacrifício para saborear aquela deliciosa riqueza histórica (e que riqueza!).
Diante de uma das pirâmides
Ao descer os degraus de acesso à entrada, eu tremia e notava a minha respiração ofegante. Muita emoção! Ver aquela pirâmide já era demais; imagine o que eu senti prestes a entrar nela.
Descendo para entrar na pirâmide
Então, um susto: o estreito e baixo corredor por onde eu deveria seguir. Eu sabia que era pequeno, mas não imaginava daquele jeito. Desanimar? Desistir? Mas nem se me oferecessem dinheiro!
Nesse ponto, eu já fora alertado sobre a proibição de fotografar no interior. A câmera estava lá fora, com o guia. Mas eu tenho um defeito (não conta pra ninguém): não perco uma foto por nada. Meu smartphone estava no bolso. Usei a câmera dele… As fotos, por serem de smartphone e em ambiente com pouca luz, são de baixa qualidade, mas ao menos eu trouxe lembranças para casa. Hoje eu até me arrependo de ter feito isso. Foi um desrespeito, e eu ainda podia ter problemas com as autoridades locais (eu não contei a meu guia). No Vale dos Reis, vi um turista ser arrastado para fora de uma tumba ao ser flagrado com a câmera em uso. Portanto, não recomendo que você faça como eu. (Acho exagero o governo proibir fotos lá dentro. Deveriam permitir fotos sem flash.)
Ao dar o primeiro passo dentro da pirâmide, vi que eu tinha de continuar a descer, agora por outra escada. Era necessário prosseguir quase agachado. Na foto abaixo, veja essa escada inicial — e a expressão de susto da minha irmã. 😀
Primeira imagem dentro da pirâmide
A situação complicou-se. O corredor tinha iluminação fraca e era extremamente abafado. A cada passo, a respiração ficava mais difícil, mais pesada. Quando terminamos de descer e vimos um corredor plano, pensamos que a tumba estivesse logo à frente, mas depois descobrimos, assustados, que ainda era preciso subir uma série de degraus.
Dentro da pirâmide
Corredor dentro da pirâmide
Aqui está o maior problema de entrar em uma daquelas pirâmides. Não há ventilação no interior. Infelizmente, muitos turistas desistem no meio do caminho. Há registros até de desmaios. Eu confesso que pensei em desistir quando ultrapassei a metade do caminho. Só continuei porque a minha determinação era muito forte. Apaixonado demais pelo Egito, eu tinha que chegar até o fim.
Sinto-me obrigado, portanto, a dar um alerta. Recomendo — e muito — entrar nas pirâmides. A experiência é indescritível, inesquecível, alucinante, deliciosa, mas não é para qualquer pessoa. Se você tiver dificuldade de locomoção, problema de pressão baixa, problema respiratório ou claustrofobia, ESQUEÇA a idéia de entrar. Se você passar mal lá dentro, será difícil sair. Primeiro, porque é naturalmente complicado atravessar os corredores; segundo, porque pode vir alguém na direção oposta, e a passagem torna-se mais apertada.
Ainda no corredor dentro da pirâmide
De repente, a compensação pelo esforço. Eu estava na tumba! Eu não conseguia acreditar! DENTRO da pirâmide! NA TUMBA! Quase desmaiei — mas de emoção! 😀
Na tumba da pirâmide
Ainda na tumba, dentro da pirâmide
Exausto, eu aproveitei para descansar antes de apreciar a área da tumba. Afinal, eu ainda precisava voltar. Mais um alerta, portanto. Analise a sua resistência física. Lembre-se de que, depois da ida complicada, haverá o caminho de retorno ao exterior.
Quer saber como eu cheguei lá fora?
Depois de sair de dentro da pirâmide
Eu estava exausto, sedento e suado — tão molhado que parecia ter pulado no Rio Nilo. Mas… oh, os deuses egípcios são testemunhas de que A AVENTURA COMPENSOU! 😉 :-)
Ah! Eu aposto que, além de entrar nas pirâmides, você quer subir nelas. Que tal? Leia meu artigo sobre isso.
Por fim, uma dica: visitei o Cairo com o excelente guia Ihab, já recomendado aqui no blog.

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