O ossuário de Caifás, Sumo Sacerdote que condenou Jesus Cristo
Os arqueólogos Yuval Goren da Universidade de Tel Aviv e Boaz Zissu da Universidade Bar Ilan confirmaram, noticiou a “Folha de S.Paulo” a autenticidade de um ossuário pertencente à família do sacerdote que teria conduzido a tumultuada sessão do Sinédrio que considerou “blasfemo” Jesus Cristo. No ossuário, os judeus guardavam os ossos dos antepassados depois da fase inicial de sepultamento.
Os especialistas concluíram que o ossuário e suas inscrições são autênticos e antigos, escreveu o “Jerusalem Post”. A peça faz parte de um conjunto de 12 usuários recuperados no mesmo local e pertencentes à família Caifás.
Dentro dessa urna foram encontrados ossos de seis pessoas ao que tudo indica da mesma família: dois bebês, uma criança entre 2 e 5 anos, um rapaz entre 13 e 18, uma mulher adulta e um homem de perto de 60 anos.
Na mesma peça lê-se a inscrição: “Miriam [Maria], filha de Yeshua [Jesus], filho de Caifás, sacerdote de Maazias de Beth Imri”. Num dos lados não decorados aparece o nome “José bar Caifás”, onde “bar” não necessariamente significa “filho de”.
A Miriam da inscrição poderia ser neta do próprio Caifás do Evangelho ou de algum outro membro da família sacerdotal.
O nome “Caifás” é a pista crucial, segundo os arqueólogos mencionados.
José filho de Caifás era o nome do sumo sacerdote do Templo de Jerusalém que, segundo os Evangelhos, liderou junto com seu sogro Anás, a iníqua conjuração que levou Jesus à morte, escreve Archeology Daily News. No Museu de Jerusalém exibe-se outro ossuário de grande luxo. É feito em pedra entalhada com seis rosáceas dentro de dois círculos ornados com folhas de palmeira. Data provavelmente do século I.
Num lado não entalhado há a inscrição que o identifica como sendo o ossuário do próprio Caifás.
No interior deste ossuário encontraram-se os restos de um homem de 60 anos, tendo-se quase certeza que são os mesmos do Sumo Sacerdote durante a Paixão e Morte do Santíssimo Redentor.
Num dos ossuários havia uma moeda cunhada pelo rei Herodes Agrippa (37–44 d.C.). Este foi um dos indícios que sugeriu se tratar dos ossos do Sumo Sacerdote que entregou Nosso Senhor à morte pela mão dos romanos.
Segundo os Evangelhos de São Mateus (cap. 26, 3-5) e de São João (cap. 11) Caifás foi o cérebro da combinação para matar a Jesus Cristo.
José filho de Caifás era o nome do sumo sacerdote do Templo de Jerusalém que, segundo os Evangelhos, liderou junto com seu sogro Anás, a iníqua conjuração que levou Jesus à morte, escreve Archeology Daily News. No Museu de Jerusalém exibe-se outro ossuário de grande luxo. É feito em pedra entalhada com seis rosáceas dentro de dois círculos ornados com folhas de palmeira. Data provavelmente do século I.
Num lado não entalhado há a inscrição que o identifica como sendo o ossuário do próprio Caifás.
No interior deste ossuário encontraram-se os restos de um homem de 60 anos, tendo-se quase certeza que são os mesmos do Sumo Sacerdote durante a Paixão e Morte do Santíssimo Redentor.
Num dos ossuários havia uma moeda cunhada pelo rei Herodes Agrippa (37–44 d.C.). Este foi um dos indícios que sugeriu se tratar dos ossos do Sumo Sacerdote que entregou Nosso Senhor à morte pela mão dos romanos.
Segundo os Evangelhos de São Mateus (cap. 26, 3-5) e de São João (cap. 11) Caifás foi o cérebro da combinação para matar a Jesus Cristo.
São Mateus fornece uma idéia geral da deliberação do Sinédrio, da decisão deicida e da estratégia escolhida no capítulo 26:
3. Então os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo reuniram-se no pátio do sumo sacerdote, chamado Caifás, 4. e deliberaram sobre os meios de prender Jesus por astúcia e de o matar. 5. E diziam: Sobretudo, não seja durante a festa. Poderá haver um tumulto entre o povo.
São João (cap. 11) descreve assim o conciliábulo acontecido quando chegou a notícia que Nosso Senhor ressuscitara Lázaro, e o peso decisivo da opinião de Caifás, Sumo Sacerdote, para matá-Lo:
47. Os pontífices e os fariseus convocaram o conselho e disseram: Que faremos? Esse homem multiplica os milagres. 48. Se o deixarmos proceder assim, todos crerão nele, e os romanos virão e arruinarão a nossa cidade e toda a nação. 49. Um deles, chamado Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano, disse-lhes: Vós não entendeis nada! 50.Nem considerais que vos convém que morra um só homem pelo povo, e que não pereça toda a nação.51.E ele não disse isso por si mesmo, mas, como era o sumo sacerdote daquele ano, profetizava que Jesus havia de morrer pela nação, 52.e não somente pela nação, mas também para que fossem reconduzidos à unidade os filhos de Deus dispersos. 53.E desde aquele momento resolveram tirar-lhe a vida.
Narrando a Paixão, São João escreve (cap.18):
13. [“a coorte e os guardas de serviço dos pontífices e dos fariseus” que prenderam Jesus Cristo] Conduziram-no primeiro a Anás, por ser sogro de Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano. 14. Caifás fora quem dera aos judeus o conselho: Convém que um só homem morra em lugar do povo. São João continua descrevendo uma espécie de julgamento a portas fechadas na casa de Anás, onde Caifás assumiu a iniciativa para perder o Filho do Homem: 19. O sumo sacerdote indagou de Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina. 20. Jesus respondeu-lhe: Falei publicamente ao mundo. Ensinei na sinagoga e no templo, onde se reúnem os judeus, e nada falei às ocultas. 21. Por que me perguntas? Pergunta àqueles que ouviram o que lhes disse. Estes sabem o que ensinei. 22. A estas palavras, um dos guardas presentes deu uma bofetada em Jesus, dizendo: É assim que respondes ao sumo sacerdote? 23. Replicou-lhe Jesus: Se falei mal, prova-o, mas se falei bem, por que me bates? 24. (Anás enviou-o preso ao sumo sacerdote Caifás.)
O envio sucessivo do Cordeiro de Deus a diversas autoridades sugere uma grande hesitação nos membros do Sinédrio. Entretanto, a condenação de morte já havia sido pronunciada secretamente.
Foi na casa de Caifás que o Sumo Sacerdote, reunido com o Sinédrio, pronunciou a tremenda e injustíssima sentença homicida-deicida:
57. Os que haviam prendido Jesus levaram-no à casa do sumo sacerdote Caifás, onde estavam reunidos os escribas e os anciãos do povo. 58. Pedro seguia-o de longe, até o pátio do sumo sacerdote. Entrou e sentou-se junto aos criados para ver como terminaria aquilo. 59. Enquanto isso, os príncipes dos sacerdotes e todo o conselho procuravam um falso testemunho contra Jesus, a fim de o levarem à morte. 60. Mas não o conseguiram, embora se apresentassem muitas falsas testemunhas. 61. Por fim, apresentaram-se duas testemunhas, que disseram: Este homem disse: Posso destruir o templo de Deus e reedificá-lo em três dias. 62. Levantou-se o sumo sacerdote e lhe perguntou: Nada tens a responder ao que essa gente depõe contra ti? 63. Jesus, no entanto, permanecia calado. Disse-lhe o sumo sacerdote: Por Deus vivo, conjuro-te que nos digas se és o Cristo, o Filho de Deus? 64. Jesus respondeu: Sim. Além disso, eu vos declaro que vereis doravante o Filho do Homem sentar-se à direita do Todo-poderoso, e voltar sobre as nuvens do céu. 65. A estas palavras, o sumo sacerdote rasgou suas vestes, exclamando: Que necessidade temos ainda de testemunhas? Acabastes de ouvir a blasfêmia! 66. Qual o vosso parecer? Eles responderam: Merece a morte! 67. Cuspiram-lhe então na face, bateram-lhe com os punhos e deram-lhe tapas, 68. dizendo: Adivinha, ó Cristo: quem te bateu?
Nas visões e revelações de natureza privada da Beata Ana Catarina Emmerick (portanto submissas à narração evangélica), lemos uma descrição dos pormenores desse julgamento. Na “Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo”, cap. IV, Jesus diante do Caifás, pinta-se a cena:
16. (…) Jesus foi introduzido no vestíbulo em meio dos clamores, das injúrias e dos golpes. Logo que esteve em presença do Conselho, quando Caifás exclamou: “Já está aqui, inimigo de deus, que enches de agitação esta Santa noite!”.
A cabaça que continha as acusações do Anás foi desatada do cetro ridículo posto entre as mãos de Jesus.
Depois que as leram, Caifás com mais ira que Anás, fazia uma porção de perguntas a Jesus, que estava tranqüilo, paciente, com os olhos olhando ao chão.
(…) As testemunhas compareciam, mais para lhe dizer injúrias em sua presença do que para citar fatos. Disputavam entre eles, e Caifás assegurava muitas vezes que a confusão que reinava nos depoimentos das testemunhas era efeito de seus feitiços.
(…) Mas as testemunhas se contradisseram tanto, que Caifás e os seus estavam cheios de vergonha e de raiva ao ver que não podiam justificar nada que tivesse algum fundamento.
(…) Ao fim, apresentaram-se dois dizendo: “Jesus disse: Eu derrubarei o templo edificado pelas mãos dos homens e em três dias reedificarei um que não será feito por mãos dos homens”. Também estes não concordavam entre si.
Caifás, cheio de cólera, exasperado pelos discursos contraditórios das testemunhas, levantou-se, baixou os degraus, e disse:
‒ “Jesus: não respondes nada a esse testemunho?” Estava muito irritado porque Jesus não o olhava. Então os oficiais, agarrando-o pelos cabelos, jogaram-lhe a cabeça atrás e lhe deram murros sob a barba; mas seus olhos não se levantaram.
Caifás elevou as mãos com viveza, e disse em tom de aborrecimento: ‒ “Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se és o Cristo, o Messias, o Filho de Deus”.
Havia um profundo silêncio, e Jesus, com uma voz cheia de majestade inexprimível, com a voz do Verbo Eterno, disse: ‒ “Eu o sou, tu o disseste. E eu vos digo que verão o Filho do Homem sentado à direita da Majestade Divina, vindo sobre as nuvens do céu”.
Enquanto Jesus dizia estas palavras, eu Lhe vi resplandecente: o Céu estava aberto sobre Ele, e em uma intuição que não posso expressar, vi Deus Pai todo-poderoso; vi também aos anjos, e a oração dos justos que subia até seu Trono. Debaixo de Caifás vi o inferno como uma esfera de fogo, escura, cheia de horríveis figuras. Ele estava em cima, e parecia separado só por uma gaze. Vi toda a raiva dos demônios concentrada nele. Toda a casa me pareceu um inferno saído da terra. Quando o Senhor declarou solenemente que era o Cristo, Filho de Deus, o inferno tremeu diante dele, e depois vomitou todos seus furores naquela casa.
Caifás agarrou a borda de sua capa, rasgou-o com ruído, dizendo em alta voz: ‒ “Blasfemaste! Para que necessitamos testemunhas? Ouvistes? Ele blasfema: qual é vossa sentença?” Então todos os assistentes gritaram a uma com voz terrível: ‒ “É digno de morte! É digno de morte!”. Durante esta horrível gritaria, o furor do inferno chegou ao máximo. Parecia que as trevas celebravam seu triunfo sobre a luz. Todos os circunstantes que conservavam algo bom foram penetrados de tanto horror que muitos cobriram a cabeça e se foram. As testemunhas mais ilustres saíram da sala com a consciência agitada. Os outros se colocaram no vestíbulo ao redor do fogo, onde lhes deram dinheiro, de comer e de beber.
O Supremo Sacerdote disse aos oficiais: ‒ “Entrego-lhes este Rei; rendam ao blasfemo as honras que merece”. Em seguida se retirou com os membros do Conselho a outra sala”.
O que significa que os ossos de Caifás tenham sido trazidos à luz nestes anos em que a Igreja vive um drama análogo ao da Paixão de Cristo?
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