Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou.

sábado, 11 de abril de 2015

Arqueólogos descobrem local onde Jesus teria sido julgado

 


Torre de Davi, em Jerusalém
Sob camadas do piso de um antigo prédio abandonado em Jerusalém, o suposto palco de uma das mais famosas cenas narradas no Novo Testamento: o julgamento de Jesus. Arqueólogos anunciaram nesta semana terem descoberto os restos do palácio do rei Herodes ao lado do Museu da Torre de Davi. No local, o governador romano Pôncio Pilatos teria condenado Jesus à morte, segundo o relato da Bíblia. A descoberta pode ter impacto no caminho percorrido por peregrinos cristãos que viajam a Jerusalém. Mas os ecos do achado, divulgado pelo jornal americano Washington Post, vão muito além de questões religiosas, avaliam especialistas. As possíveis pistas do palácio foram encontradas durante escavações que tinham como objetivo inicial a expansão do Museu da Torre de Davi, planejada há 15 anos. Os profissionais envolvidos no trabalho sabiam que o prédio, localizado no lado ocidental da cidade, havia sido usado como prisão quando a cidade estava sob domínio otomano e britânico. Os arqueólogos já sabiam, há algum tempo, que a prisão estava lá - mas não o que estava embaixo dela. Apenas agora, depois de anos de escavação e de atrasos causados por guerras e por falta de verbas, a descoberta está sendo exibida para o público em excursões organizadas pelo museu.

Para Amit Re’em, arqueólogo de Jerusalém que liderou a equipe de escavação há mais de uma década, a prisão “é uma grande parte do quebra-cabeça de Jerusalém e mostra a história da cidade de uma forma muito original e clara”. Em entrevista ao Washington Post, ele afirmou que o local preserva um punhado de importantes descobertas de todo os séculos. Nas paredes, há símbolos gravados por prisioneiros da resistência judaica lutando para criar o Estado de Israel em 1940, bacias usadas para tingimento de tecidos do período das Cruzadas e um sistema de esgoto que provavelmente pertenceu ao palácio construído por Herodes, o Grande, o excêntrico rei da Judeia sob o Império Romano, já morto quando Jesus foi condenado.

Professor de arqueologia da Universidade de Carolina do Norte em Charlotte, Shimon Gibson afirma que estudiosos estão quase certos de que o julgamento de Jesus ocorreu no complexo de Herodes. O episódio é descrito como tendo ocorrido “perto de um portão e em um pavimento de pedra irregular”. Os detalhes coincidem com os achados arqueológicos anteriores perto da prisão: “Obviamente, não há qualquer inscrição informando o que aconteceu aqui, mas tudo (relatos arqueológicos, históricos e religiosos) recai sobre este lugar e faz sentido.”

Especialistas brasileiros afirmam que a descoberta é um importante fragmento na reconstrução da história do período. Pedro Paulo Abreu Funari, arqueólogo e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) explica que, do ponto de vista histórico, os achados servem para ser comparados com relatos bíblicos. A partir desse confronto, é possível tirar conclusões.

“Quando se trata de lugares onde Jesus teria estado há locais que são evidentemente imaginativos porque não há dados concretos sobre eles. Outra coisa são lugares de Jerusalém onde ele esteve ou pode de fato ter estado, como é o caso do palácio de Herodes, sobre o qual há referências em relatos bíblicos. A descoberta é importante para os fieis, que não necessariamente precisam de evidências, mas principalmente para os estudiosos que podem tirar ilações a partir dela. É possível, por exemplo, ver se o local condiz com o relato de que Jesus teria sido apresentado ao povo junto com Barrabás”, afirma Funari, em referência à passagem bíblica segundo a qual Pilatos teria pedido a populares que escolhessem pela liberdade de Jesus ou de um criminoso chamado Barrabás.

A opinião é compartilhada por Jeanne Cordeiro, do Laboratório de Arqueologia Brasileira. “A arqueologia demanda fontes que podem ou não ser corroboradas pelas descobertas. A Bíblia é uma fonte enquanto relato histórico de uma sociedade, no caso a judaica. A fé não requer constatação, mas a ciência sim. É disso que se trata a arqueologia bíblica”, diz Jeanne, acrescentando que Jesus provavelmente não foi a única pessoa julgada naquele espaço. “Esse foi um momento intenso da história dos judeus, sob o jugo romano.”

Para os mais de um milhão de peregrinos cristãos que visitam Jerusalém a cada ano, o local é significativo porque poderia ter sido um lugar importante na vida de Jesus. Como a forma como o caminho percorrido pelos peregrinos cristãos que viajam a Jerusalém foi estabelecida há muito tempo, a descoberta pode mudar esse trajeto.

“Para aqueles cristãos que se preocupam com precisão em relação a fatos históricos, isto é muito forte”, opinou Yisca Harani, especialista em cristianismo e peregrinação à Terra Santa. “Para outros, no entanto, aqueles que vêm para o exercício mental de estar em Jerusalém, não há importância, desde que sua jornada termine em Gólgota, o local da crucificação.”

Teólogo e ex-reitor da PUC-Rio, o padre Jesus Hortal comemora o achado, mas faz ressalvas sobre as limitações de exploração ao lugar. “A descoberta é interessante, do ponto de vista arqueológico, e corrobora o que está escrito na Bíblia”, afirma o padre. “Temos diversas escavações que retratam a história de cristãos e a perseguição que sofreram. Jerusalém é uma cidade rica para essas documentações, mas infelizmente um local muito revelador não pode ser explorado, devido à rixa histórica entre judeus e árabes. Poderíamos encontrar restos do primeiro Templo de Salomão, de três mil anos atrás, sob a Esplanada das Mesquitas.”

        

Aproxime-se de Deus com "ousadia"



A imagem acima foi feita por um selo cilíndrico, típico de governantes da antiga Mesopotâmia, que está exposto no Museu Britânico, em Londres. A direita do desenho, temos a inscrição sumeriana “Ur Nammu, o homem poderoso, o rei de Ur; Hash-Hamer, governador de Ishkun - Sin, é o seu servo.” Na verdade, o desenho está explicando o texto. Sentado no trono, está o rei Ur Nammu, importante monarca da cidade de Ur dos caldeus, e fundador da terceira dinastia dessa cidade. Quem sabe Abraão tenha sido contemporâneo dele. O governador Hash-Hamer é quem está sendo conduzido à presença de Ur Nammu, e a responsável por guiá-lo é uma semideusa, também chamada de Lama, uma figura divina intercessora. Perceba a mão sobre a boca de Hash-Hamer. Essa era a posição de oração entre os sumérios, tanto é que o verbo kiri-shu-gal (orar) literalmente significa “colocar a mão sobre o nariz/boca”.

Estudando essa imagem, lembrei-me de uma passagem do Novo Testamento. Em Efésios 3:11 e 12, lemos que “em Cristo Jesus, nosso Senhor, por intermédio de quem temos livre acesso a Deus em confiança, pela fé nEle” (NVI). Outras versões dizem que podemos nos aproximar de Deus em oração com “ousadia”. Graças a Cristo, que é verdadeiramente Deus, não um semideus, temos livre acesso ao Pai. E Ele não é um mero governante cheio de orgulho, um mortal, mas um Ser amoroso que vive pelos séculos dos séculos.
Por que não ter uma conversa franca com Ele hoje?

P.S.: Na argila fresca, esse selo era rolado e formava o desenho. O tamanho dele é de 5,28 x 3,03 cm.


(Luiz Gustavo Assis é pastor adventista e cursa o mestrado nos EUA)


       
   

A Síria está sendo depredada por bandidos

terça-feira, 8 de abril de 2014

O “museu a céu aberto”, como é apelidada frequentemente a Síria, poderá ficar sem monumentos. Desde o início do conflito armado, em 2011, muitos dos monumentos, que faziam parte do patrimônio cultural do país, já foram destruídos. Os que ainda não foram varridos da face da terra estão sendo roubados e o seu conteúdo transportado para o exterior por bandidos.

Em dois anos o contrabando de obras antigas para fora da Síria aumentou 10 vezes. Os peritos preveem que, se o processo não for parado o mais rápido possível, essa herança cultural poderá ser perdida para sempre para a Humanidade.
Segundo cálculos preliminares, durante o conflito armado na Síria, ficaram seriamente danificados ou destruídos muitos monumentos históricos, parte dos quais era considerada Patrimônio Mundial pela UNESCO, enquanto a maioria dos artefatos, laboriosamente recolhidos pelas expedições arqueológicas dos últimos 150 anos, foram vendidos no mercado negro dos países vizinhos da Síria.
Já há um ano os peritos tinham avisado da possibilidade de se perder patrimônio cultural da Humanidade e do aparecimento da “arqueologia paralela”. Nessa altura a direção do país prometeu fazer tudo o que fosse possível para conservar o patrimônio, mas hoje já se tornou evidente que as autoridades não estão em condições de garantir a sua segurança. Desde os seus primeiros dias o conflito armado atraiu a atenção dos profissionais do contrabando que não se detêm perante nada para a obtenção de proveito, diz o presidente do Instituto do Oriente Médio Evgueni Satanovsky:
“Não é uma coincidência a presença de milhares de militantes, incluindo os que já estiveram nas zonas de extensas pilhagens do Iraque, do Afeganistão e da Líbia. Nos anos da luta de libertação da ditadura de Kadhafi, da ditadura de Saddam ou da ditadura de Najibullah, foram pilhados praticamente todos os museus nacionais e parques arqueológicos. É a presença deste tipo de profissionais em território sírio que lhes dá possibilidades extremamente alargadas para abastecer o mercado mundial da “arqueologia paralela”.
A delapidação do patrimônio artístico e cultural durante os períodos de operações militares e de conflitos armados é um fenômeno que, além de se ter tornado constante, já é de certa forma habitual. Continua por apurar o destino dos monumentos da Babilônia depois da guerra do Iraque, é impossível calcular a escala dos roubos na Líbia, enquanto os tesouros do Egito continuam a ser roubados por saqueadores. O comércio de antiguidades sírias já está atingindo uma escala sem precedentes, o seu volume já ultrapassou os dois bilhões de dólares.
O conflito na Síria já dura desde março de 2011. Até hoje na Síria foram destruídas total ou parcialmente 11 necrópoles das épocas romana, paleocristã e do califado árabe, o castelo de Aleppo, datado do século X, e muito mais. Durante este período, segundo informações das autoridades sírias, morreram cerca de oito mil pessoas, mais de 20 mil segundo os dados da ONU.
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/2013_09_30/A-Siria-est-a-ser-pilhada-por-salteadores-0069/?from=menu

       
   

Camelos nos tempos Bíblicos?

sábado, 15 de fevereiro de 2014


Eles andavam por lá
Mais uma matéria tentando desmentir o texto Bíblico! A afirmação de que camelos não existiam nos tempos patriarcais não é nova. Dizem que a história dos patriarcas está cheia de camelos, o que é verdade. Mas que a arqueologia teria revelado que o dromedário não foi domesticado nem usado como animal de carga antes do fim do segundo milênio a.C., isto é, quase mil anos depois do dito tempo patriarcal. Sendo assim, a história de José sendo vendido a uma caravana de ismaelitas montados a camelo (Gn 37:23) não passaria de pura fantasia dos tempos monárquicos. O curioso é que esse tipo de pesquisa é encabeçada por professores das Universidade de Tel Aviv e Haifa, mas não é endossada por grande parte dos arqueólogos de outras universidades, como a Universidade do Cairo, Universidade Hebraica de Jerusalém e outras. Há menos de um mês, eu pessoalmente pude fotografar desenhos rupestres no deserto de Wadi Rum, na Jordânia, que mostram o camelo em situação domesticada servindo de montaria e animal de companhia de um caçador (fotos abaixo). Esses desenhos são do período Calcolítico, que é anterior à época dos patriarcas, indicando que esses animais já eram domesticados quando Abraão andou por aquelas paragens.

E tem mais: um texto sumeriano do ano 2000 a.C., encontrado em Nippur, e outro menos preciso encontrado em Alalaque, mencionam não só a existência desse animal entre as tribos, mas também o uso costumeiro de seu leite. Ora, para se obter leite de um animal, ele deve ser domesticado! A figura de um camelo encontra-se desenhada em uma estela da cidade de Umm An Nar, no sudoeste da Arábia, e é datada com segurança como pertencente ao terceiro milênio antes de Cristo. Também junto às ruínas descobriram ainda ossos de camelo datados do terceiro milênio antes de Cristo, o que, segundo a Dra. Ilse Kohler-Rollefson, autoridade mundial no assunto, seria “uma forte evidência de que o camelo já era um animal domesticado nos tempos patriarcais”.


Para quem tiver mais interesse no assunto, aqui vai uma pequena bibliografia que desmente os dados do jornal: “The Camel in Dynastic Egypt”, G. Caton-Thompson
Man, v. 34, feb., 1934 (feb., 1934), p. 21; “The Camel in Ancient Egypt”, A. S. Saber (1998), Faculty of Veterinary Medicine, Assiut University, Assiut; “Abraham’s Camels Free”, Joseph P. (1944), Journal of Near Eastern Studies, 3:187-193, july; “The Domesticated Camel in the Second Millennium: Evidence from Alalakh and Ugarit”, W. G. Lambert, Bulletin of the American Schools of Oriental Research, nº 160 (dec., 1960), p. 42, 43.




(Dr. Rodrigo Silva é professor de Teologia no Unasp, apresentador do programa Evidências, da TV Novo Tempo, doutor em Teologia e doutorando em Arqueologia Clássica pela USP)

Inscrição ajuda a confirmar reinos de Davi e Salomão

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014


Um professor da Universidade de Haifa (Israel) afirma que uma inscrição em um jarro de barro descoberto em Jerusalém pode provar a existência dos reinos bíblicos de Davi e Salomão. O objeto, de quase três mil anos, foi encontrado em julho e é o mais antigo texto alfabético já achado na cidade histórica. “Estamos falando de reis verdadeiros, e os reinos de Davi e Salomão foram um fato real”, diz Gershon Galil. O debate entre os cientistas sobre o significado da inscrição ainda é muito grande, mas o professor afirma oferecer “a única tradução sensata” para o texto e ressalta que apenas a existência do objeto já é considerada importante. “A coisa mais importante é que (o jarro) nos conta que alguém naquele período sabia como escrever alguma coisa”, diz. Uma das dificuldades da tradução é que três letras do objeto estão incompletas. Galil as traduz como “yah-yin chah-lak”, o que em hebraico significa “vinho inferior”.

A parte mais importante, contudo, é o primeiro trecho do texto, que indicaria o 20º ou 30º ano do reino de Salomão. A inscrição, afirma o professor, está em uma forma inicial do hebraico do sul, pois é a única língua a usar dois yods (letras hebraicas) para a palavra “vinho”. Ele especula que o “vinho inferior” seria dado para trabalhadores que construíam a cidade de Jerusalém.

Se o hebraico como língua escrita era utilizado no período da inscrição no local, isso indica que os israelitas chegaram a Jerusalém antes do que se acreditava anteriormente e isso os colocaria em um tempo que a Bíblia indica que Salomão reinou. Galil acredita agora que novos indícios serão achados sobre os reinos bíblicos.

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