Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou.

sábado, 11 de abril de 2015

De Séfores a Nazaré

          Vamos iniciar mais uma jornada e desse modo abandonar as margens do mar que por não ter ligação com outros mares ou oceânicos é chamado “mar isolado”. Fica a 213 metros abaixo do nível do Mar Mediterrânico e constitui o recurso hídrico mais importante para Israel. Dali partem canalizações para abastecer de agua a quase totalidade das grandes cidades, e irrigar a maior parte das terras cultivadas do país. É o lago de  água doce mais baixo do mundo. A sua profundidade máxima é de 43m. Tem de comprimento cerca de 20k e de largura máxima 13k. É conhecido por mar da Galileia ou de Tiberiades, ou simplesmente  por Lago.

          Com o pequeno almoço já servido e a bagagem no autocarro, partimos de Tiberiades directos a Séfores que fica numa zona de montanha a uns 8km de Nazaré. Embora o nome não conste  no  Antigo Testamento, nem no Novo, é tradição local  que eram dali os pais de Nossa Senhora, São Joaquim e Santa Ana, e também Ela ali teria nascido. 
 
          Foi por algum tempo capital da Galileia ocidental, e dai estar sempre sujeita a invasões e destruição por parte dos exércitos interessados no controle da região. Romanos, turcos, cruzados de tudo por ali passou, e asneirou também.

          Séfores (Sepphoris) que estava a ser reconstruída quando Jesus viveu em Nazaré foi uma cidade que prosperou sob domínio bizantino, muitas das suas casas aristocratas estão agora a ser desenterradas, e outras já deixam ver marcas do seu esplendor de outrora, sobretudo no que respeita a mosaicos.  
          Sempre com o tempo controlado, eram 06h20 já nós estávamos com a visita feita a toda a área arqueológica de Séfores, ainda em exploração, e prontos para continuar a jornada a caminho de Nazaré. Ah! E mais uma lição apreendi: Os israelitas mesmo antes de concluir os empreendimentos que possam ser motivo de interesse publico, dotam primeiro com bons acessos toda a área envolvente. Parecem ser portugueses...  

          Percorridos os cerca de 9km e após dobrar as colinas que rodeiam  a famosa cidade da Galileia, onde a oliveira é rainha, não tardou muito a chegar ao centro da cidade e por esta rua comercial tomar a direcção da maravilhosa Basilica da Anunciação.  "Quando Isabel já andava de seis meses, Deus mandou o anjo Gabriel a Nazaré, na Galileia, para falar com uma jovem chamada Maria, que estava noiva de José, descendente do rei David. O anjo aproximou-se dela e disse-lhe:”Eu te saúdo, ó escolhida de Deus. O Senhor está  contigo”. Maria ficou perturbada com estas palavras…….”(Lc. 1: 26-38).

           Construída sobre as ruínas de anteriores igrejas, das mais antigas se diz remontar ao séc. VI e com base em diversas lendas locais sobre a Virgem Maria, as quais começaram a despertar interesse local entre os peregrinos que entretanto construíram a primitiva igreja da Anunciação no sítio de uma fonte de agua fresca conhecida actualmente por "Poço de Maria".
 
           O interior da moderna baílica é rico e fabulosamente sedutor, como esta foto do altar-mor deixa perceber.
 
         Belo e agradável ver são os santuários marianos de todo o mundo cristão ali representados por país. Lá se encontra Portugal representado pela imagem de Nossa Senhora do Rosário de Fátima

          Ao lado da basílica da Anunciação fica a igreja de São José, ambas estão ao cuidado dos franciscanos. Obra de 1914, dizem estar assente no local onde era a casa e a carpintaria de São José.
 
         Imagem de São José no interior da sua igreja

        Altar-mor da igreja de São José, em Nazaré da Galileia, onde Sr Padre Melquiades celebrou a eucaristia.

         Já na descida ao encontro do autocarro e despedida deste santo lugar da infância de Jesus e da Anunciação do Anjo a Nossa Senhora.
 
           O meu relógio marcava  09h40 quando desta cidade que dista cerca de 25 km do Mar da Galileia, e localizada a uns 9km a oeste do Monte Tabor, partimos pelo vale do Jordão em demanda do Mar Morto


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