Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou.

sábado, 11 de abril de 2015

11/04/2015           Gruta do Getsêmani
          
          Ainda não eram 08h30 e já nós havíamos chegado ao Monte das Oliveiras para do topo do Cemitério Hebraico admirar o imprecionante panorama  que dali se desfruta sobre Jerusalém e tudo quanto à volta da Cidade Antiga, a vista alcança. Nesta foto procuramos focar o Monte Sion, onde fora das muralhas se situa São Pedro de Galicante.
  
           Do mesmo local, encosta sul do monte, recolhemos esta imagem do cemitério hebraico que se diz ser o mais antigo do mundo, com funcionalidade permanente há mais de 4.000 anos. São mais de 150.000 os túmulos ali existentes. E li algures, que a mais recente pessoa a ser ali enterrada teve de  desembolsar USD 2 milhões. Isto porque é convicção daquele povo que no dia da Ressurreição, os enterrados ali estarão na primeira fila.  Ou seja que na vinda do Messias, no dia do Juízo Final, serão os primeiros a ressuscitar dos mortos.Nesse sentido para orientar a sua caminhada até ao Monte do Templo, todos são enterrados com os pés voltados para lá. Outra curiosidade:é o costume de em vez de flores, os judeus colocar pedras sobre os tumulos que significam a eternidade. ( Lc.19: 28-48).                                                                                     
           Separado pelo muro e a via publica, fica já no vale, ao fundo do Monte das Oliveiras, a arvorizada cerca do santuário Dominus Flevit. Mas vamos ao Monte das Oliveiras e a saber: faz parte da fronteira ocidental do Deserto da Judeia, e como já disse está cituado em frete à Cidade Antiga de Jerusalém,  e pelo vale do rio Cidrom desta separado. Pertence à cadeia de montanha que começa a leste de Jerusalém e prossegue para além de 3km, nos quais se destacam três elevações distintas: Monte Scopus (826m); o pico de at-Tur (818m) e Monte Destruidor (747m). Ver-lhe referência no Novo Testamento (Lc.19: 28-48). 
        
            Descendo pela rua a par do cemitério entramos no portão da cerca do santuário Dominus Flevit (= O Senhor Chorou). São dois os lugares aqui relacionados com a Agonia de Jesus, a Gruta do Getsêmani, lugar onde Judas atraiçoou o Mestre; e a Rocha da Agonia, onde está localizada a basílica. 

           Contornando uma parte deste jardim de centenárias ou talvez milenárias oliveiras, vai-se entrar na basílica da Agonia projectada pelo arq. A. Barluzzi.
 
           No meio de tantas oliveiras seculares que adornam o jardim, há uma de tenra idade que Paulo VI ali plantou em 1964. Está assinalada.

          A actual basílica, de 1924, que fica na área do Getsêmani é propriedade dos franciscanos que muito sofreram para o conseguir. Embora obedecendo ao projecto de A. Barluzzi, as escavações que deram origem ao aparecimento dos restos de mosaicos de uma igreja medieval obrigou  a que fossem revistos os planos da nova construção. Dividida em três naves, separadas por seis colunas cor-de-rosa, é obra digna de admiração .
  
          Diante do altar ressai a Rocha da Agonia, cercada por um coroa de espinhos de ferro e de ramos de oliveira. Os pássaros, olhando o cálice, representam os fieis que querem partilhar do sofrimento de Jesus. As duas pombas agonizantes e feridas de morte completam todo o impressionante conjunto que "questiona o visitante acerca da sua conformidade com a vontade do Pai". Dado a actual basílica ser maior que a bizantina , o pavimento de mosaico cobre apenas a área bizantina; o restante espaço é feito em mármore cinzento. A entrada na basílica é  feita por um único pórtico.
 
          Vizinha da basílica ou igreja de todas as nações - onde Jesus solta esta súplica : "Pai, se é de teu agrado, afasta de mim este cálice! Não se faça, todavia, a minha vontade, mas sim a tua" (Lc 22:40-46) - fica a Gruta do Getsêmani, lugar da traição de Judas e do aprisionamento de Jesus. Por cima do local nunca  foi construída nenhuma igreja porque ela só por si já era um excelente lugar de oração para os judeus cristãos e bizantinos, como continua sendo ainda hoje. Os cruzados fizeram dela uma igreja rupestre, decorando-a com pinturas, frescos e inscrições como esta: "Pai, se tu queres, afasta de mim este cálice". A basílica da Rocha da Agonia é também conhecida por Igreja  de Todas as Nações, porque foi construída com o apoio dos fieis e amigos de todo o mundo.

           Entrada na Gruta

           Altar da Gruta do Getsêmani ou da Traição de Judas. Podem ver-se algumas das pinturas que adornam a gruta, nas paredes e tecto.

           O Sr. Padre Melquiades na celebração eucarística do dia, na Gruta do Gestsêmani
 
          Outro ponto de visita obrigatória é o sepulcro de Maria, localizado junto ao Jardim de Getsêmani. É uma espécie de caverna talhada na rocha e que começou a ser venerado desde o séc. XII. Começa a visita num pequeno pátio que serve de entrada para uma longa escadaria subterrânea coberta por muitas dezenas de antigas lanternas; que em ambiente silencioso e escuro conduz a um pequeno altar ricamente adornado, ao lado do qual está o local da tumba.
       
     O altar, com um retábolo em que mostra os apóstolos a transportar o corpo da Virgem Maria antes da sua Assunção aos Ceus 


 

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