Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou.

sábado, 11 de abril de 2015

Muro das Lamentações
          Após o almoço, aí vamos nós pelo Cardo maximus, em demanda do Muro das Lamentações. Isto no chamado Monte do Templo ou do Moriah. Falamos da zona considerada mais sagrada para o povo judeu, em Jerusalém, visto aqui se situar a Esplanada do Grande Templo, onde os judeus se vêm lamentar e orar a Jeová.
          O primeiro Templo foi construído pelo rei Salomão, no ano de 970 a.C. e foi destruído por pelas forças de Nabucodonosor. Foi edificado diversas vezes pelos Macabeos e finalmente ampliado e reconstruído por Herodes. Dessa maravilha resta apenas o Muro ocidental do Templo! Muro que com a Esplanada do Grande Templo e a mesquita Aqsa, são os principais atractivos daquele histórico canteiro da cidade. Mas primeiro vamos começar pelo Cardo, aquela rua colunada que atravessava a cidade de norte a sul, desde a Porta de Damasco até à Porta de Sion.
           O Mapa de Madaba é a mais antiga representação gráfica que existe de Jerusalém, e tem servido de guia aos arqueólogos na prospecção e descoberta de restos do que foram anteriores edificações da antiga Cidade Velha. Observando o mapa, distinguem-se duas igrejas que já ao tempo eram assinaladas pela sua importância - a do Santo Sepulcro, a norte, e a igreja Néa, na extremidade meridional. 

          Tanto o Cardo maximus, como a igreja Néa foram localizados conforme indicação do Mapa de Madaba. A igreja Néa (igreja nova) era do século VI e foi mandada construir por Justiniano. O Santo Sepulcro é do século IV e deve-se à piedade de Constantino, o Grande.
          Uma parte do Cardo já aberta aos visitantes, onde se pode admirar a  beleza daquela via que atravessava a Cidade Velha de Jerusalém naquela época.

          Um painel, no topo da zona visitável, mostra uma imagem do que era o Cardo, e como dele se serviam os utilizadores. Terminada esta visita fomos em direcção ao lugar mais sagrado de Israel para todo o Povo Judeu: o Muro das Lamentações!

           Além da senha de entrada, a revista electrónica é rigorosa, pois são perigosos os inimigos do povo judeu. Mas Deus é grande e os judeus têm muita fé e confiança n'Ele.
        Parte da Esplanada do que foi o Grande Templo
           Na esplanada, alem do Muro das Lamentações, onde os Judeus em ritmado movimento de reverencia fazem as suas orações a Jehova, também à segunda-feira e terça-feira pela manhã as crianças que completam treze anos de idade vão participar no seu cerimonial religioso.
           Junto ao Muro, divisões recuperadas e reconstruidas a partir dos escombros e ruinas que pertenceram a edificios anteriores, são agora  aproveitadas para centros de estudo e ensaios da juventude judia, como a seguir se vê:
 
          Aulas de canto e catequese

          Religião, cultura e ciência fazem dos judeus o povo mais inteligente do mundo, mas também o mais martirizado. Talvez por isso.

           Por este corredor aéreo que da Esplanada dá acesso à Sinagoga Muçulmana, do outro lado do Muro, que por questões políticas deixou de se poder visitar, consegue-se ver uma nesga da cúpula do edifício. Ao lado esquerdo das arvores.

           A segurança, em Israel é  um bem que actualmente falta neste mundo de tiranos e oprimidos que os democratas sustentam e deles se servem conforme as circunstâncias.

        Porta de Damasco

          Já fora das muralhas e o adeus à Cidade Velha, agora sim a mesquita ou sinagoga vê-se melhor 


Rio Jordão 11/04/2015

           Através do cultivado vale de Jizrael, vizinho do Monte Tabor, onde a par dos cereais, as amendoeiras, a vinha e demais árvores de fruta são aqui a nota dominante, vamos na direcção do Mar da Galileia visitar o local que no entender dos israelitas Jesus foi baptizado no rio Jordão.
 
          Para Israel tal como o vale de Jizrael, também o vale do Rio Jordão constitui uma das suas regiões agrícolas mais férteis. O Rio Jordão corre por uma longa depressão geográfica que se estende por Israel, Jordânia e Cisjordânia chegando ao sopé do Monte Golan.
 
            Nessa longa depressão encontram-se o rio Jordão, o vale de Hula,  o Lago de Tiberíades e o Mar Morto. Aqui vê-se o Lago ou Mar de Tiberíades,  com o Rio Jordão a jusante e  vizinho desse mar onde  se despeja para depois reiniciar a marcha com destino ao Mar Morto. 
            Às 08h50 já estávamos a dar entrada na porta de acesso o local que para Israel é tido como sendo onde Jesus foi baptizado por São João Baptista. Por isso é que desde 12 de Julho de 2011 esse local, situado na margem ocidental do Jordão, na Cisjordania ocupada, foi equipado com modernas instalações pelo governo israelita.
 
           Foi esta a primeira imagem que recolhi do Jordão, um dos rios mais famosos do mundo, não pelo seu tamanho, mas sim pela sua história.
          Muito poluído, no entanto não deixa de estar povoado por certas espécies mais resistentes à degradação ambiental, como é o caso do peixe-gato, ou dos castores, que por tão habituados com as visitas sobem ao encontro das pessoas à espera que lhe dêem algum petisco. 
  
          Neste placar consta a identificação do local: Yardenit.

           Como em Cana, com o Matrimonio; também no Rio Jordão, com o Baptismo, é tradição fazer-se a renovação desse Sacramento. Uns por imersão no rio, como ao fundo se vê um grupo trajando de branco; outros apenas derramando uma pequena quantidade de água sobre a cabeça, caso do outro grupo paralelo; ou no caso do nosso, aqui de boné avermelhado, que constou de ouvir da boca do nosso assistente espiritual a repetição da formula cristã desse Sacramento.

11/04/2015        Mar da Galileia

            Viajar ao longo destas sedutoras e místicas paragens que a mão do povo judeu cuida com todo o desvelo, constitui além do regalo de ver as coisas bem feitas, uma verdadeira lição pedagogica dada a forma como aquele povo se serve da tecnologia para produzir riqueza e bem estar social.
 
          Peritos na rega gota-a-gota, por esse sistema Israel tem a quase totalidade do seu espaço geográfico regado dessa maneira. São muitas  toneladas de mangueira empregues no sistema e que distendidas, como aqui neste canteiro, por todo o país, levam à terra o nectar necessário para ela produzir.

          A distância entre Yardenit e Tiberiades é curta, cerca de 10 a 15 minutos por boa estrada está o trajecto feito. Aqui para imitar Jesus neste Mar da Galileia há que parar e fazer uma viagem pelo lago. Assim se fez.
 
          Para o efeito, diversas embarcações tradicionais da região aguardam, perto do cais de embarque, pela vez de poderem levar em digressão algum dos miuitos peregrinos que diariamente visitam a Terra Santa.
          Não fugindo à regra, também o nosso grupo conheceu essa agradável sensação de viajar dentro de um barco que dizem é uma replica autentica dos do tempo de Jesus. Só isso basta para se ficar feliz e dar graças. " ....Andando ao longo do mar da Galileia...lançaram a rede ao mar, porque eram pescadores" (Mt 4: 18)
 
           Já no barco, recorde-se que antes de iniciar o passeio, a Holyland Sailing.Lda., proprietária da embarcação, sabendo-nos peregrinos portugueses, teve a gentilesa de nos honrar com a exibição da nossa  Bandeira e entoar do Hino Nacional por um experimentado grupo musical contratado. Estes são momentos em que fora de Portugal, nos sentimos mais portugueses. E é também como disse: com este povo estamos sempre a colher ensinamentos. 

          Tiberiades, cidade fundada por Herodes Agripa, hoje nada tem a ver com a cidade do tempo de Jesus, mas é o principal povoamento das margens do Lago ou  Mar da Galileia. 

          No barco os nossos pacientes e atenciosos guias turisticos: o judeu, Sr. Yaacov Kreiman; e a portuguesa, Rosário.
Vídeo que dá uma melhor perspectiva do lago e da cidade de Tiberiades
 
          Já dentro do autocarro para arrancar com destino ao restaurante, até porque os ares de Mar da Galileia abriram o apetite à lusitana camaradagem  

          E passados 10 minutos estavamos nós já em terra de Cafarnaum
 
 


11/04/2015       Do deserto para Jerusalém
 
          De Nazaré, na bacia do Jordão, atravessando o espectacular vale de Jezrael, milagre de produtividade agrária de Israel, seguimos com destino ao deserto de Qumran que tem no Mar Morto e Jericó os principais pontos de referência. Foram cerca de duas horas de viagem que demorou a chegar à meta, ou melhor dito, a uma delas, mas esta, devido à hora e ao apetite, além do regalo para a vista, também o estômago ficou agradecido.
 
          Vale de Jezrael, já em parte nosso conhecido aquando da visita ao Monte Tabor

           Ainda no vale de Jezrael
 
           Deixando para trás o produtivo vale de Jezrael, continuamos na bacia hidrográfica do Jordão, mas agora mais juntos ao leito do rio que faz fronteira com a Cisjordania
 
           Montanhas do deserto

           Planura do deserto da Judeia ao longo da linha fronteiriça de Israel com a Cisjordania
 
           Aqui mesmo juntinho à estrada a rede que eletrificada ao longo da fronteira limita duas soberanias territoriais
 
           Qumran é hoje um lugar muito visitado e conhecido em todo o mundo, em virtude de  lhe andar associada, desde  1947, a descoberta dos famosos Manuscritos do  Mar Morto, que  um grupo de pastores  fez  numa caverna, quando  procurava  uma rés que faltou no fato. Com museu, espaço comercial, restaurante e ruínas em exploração, Qumran tornou-se um ponto de referência neste deserto às portas do Mar Salgado Visitamos e almoçamos nesse recôndito santuário de névoa cinzenta e vapor  salgado,

           Ruínas de Qumran

           No morro em frente vê-se a janela aberta da caverna onde foram encontrados dentro de jarros de barro os papiros que hoje estão guardados a sete chaves no Santuário do Livro, em Jerusalém.
          Mar Salgado ou Mar Morto é o ponto mais baixo da superfície da terra em relação ao nível do mar, 400m. O lago tem de profundidade 430 m e 76km de extensão. Alimentado pelo Jordão e algumas raras nascentes, a evaporação é tamanha que o seu conteúdo ronda os 30% de sal. Tão intensa em minerais que mantém uma pessoa a boiar sem ir ao fundo.
Video com cena no Mar Morto
          Com o estômago farto e a vista regalada,  deixamos este assombroso recanto  de chão estéril e mar densamente salgado para continuar a nossa jornada em direcção a Jerusalém que dista do Mar Morto  cerca de 25km, mas antes passando por Jericó, onde para nosso azar, mas sorte para a região, a chuva forte que caiu, já nós entrados na cidade, impediu que descêssemos do autocarro. Apenas lá recolhi a foto de um sicômoro com história visto protegido por gradeamento. " Jesus entrou em Jericó e atravessou a cidade. Havia lá um homem rico chamado Zaqueu, chefe de cobradores de impostos. Queria ver quem era Jesus, mas era muito baixo não conseguia, por causa da multidão. Correu então adiante do povo, subiu a uma figueira brava (sicômoro) e ficou à espera que Jesus por ali passasse para ver" (Lc 19: 1-5). Zaqueu ou seja São Bartolomeu.

           Ficou ainda por visitar, além da nasceste de Elisha, que dizem debita 3.785 litros de água por minuto - um milagre no deserto !- , também as muralhas da cidade antiga, assim como o respectivo acesso em telesférico. É dos locais que se tiver oportunidade não regateio lá  voltar. Que desta vez os 9km que separam o Mar Morto de Jericó valeram apenas pela sensação que me deram em conhecer a terra de São Bartulomeu e onde também Jesus viveu.


   11/04/2015                                 A gruta de Belém
 
          Concluída a visita à área histórica de Galicante, aproveitamos ainda para do seu miradouro admirar a paisagem que dali se recolhe do Monte das Oliveiras e aqui à direita do vale da Geena, a que Jesus faz referência, pois ali era quimado o lixo da ciddade.

         De Galicante dirigimo-nos para a parte nova da cidade, onde junto ao Santuário do Livro visitamos a maquete gigante da cidade antiga, tal como era no tempo de Jesus.
 
           E após a visita seguimos em direcção a Belém para na área do Campo dos Pastores almoçar, e concluir a jornada desse dia 18 com a visita à Basílica da Natividade.
 
         Basílica da Natividade
           Numa das muitas grutas (oratórios) da basílica, a de Santa Catarina,  foi celebrada a Eucaristia do dia pelo nosso assistente espiritual Sr. Padre Melquiades.
 
           Vídeo onde mostra o celebrante no momento do seu comentário à volta do evangelho e lugar onde a Missa decorreu.

           Também no fim da celebração foi dado o Deus Menino a beijar
 
           Uma parte do rico altar-mor que é partilhado com outras confissões

           Local onde segundo a tradição cristã nasceu Jesus. Por baixo da estrela, na cripta,  fica uma pequena gruta que é tida como sendo o local exacto onde Jesus nasceu.
 
          A gruta de Belém ou da natividade. "Gloria a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do Seu agrado" (Lc 2: 14-20)
 
           Presépio de interior

       Presépio de rua.